Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Bazzo, Renata Felis |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-08062020-180218/
|
Resumo: |
A tese tem como objetivo principal contribuir para a teoria e a clínica da mania na perspectiva da psicanálise freudiana. O ponto de partida da pesquisa é a constatação de um descompasso entre a experiência clínica com pacientes em crise maníaca e a concepção freudiana da mania como um estado de fusão do Eu com o seu Ideal, implicando a revogação deste último. Nessa perspectiva consagrada, o Eu maníaco seria caracterizado por um estado de desinibição e exaltação de humor, em analogia com a festa. Em vez disso, os casos apresentados neste trabalho indicam uma há uma quebra biográfica, a transformação do Eu em um outro ser, com a emergência de um forte sentimento de grupo. O Eu se transforma em um ser poderoso, geralmente com uma missão de liderar o nós de acordo com princípios éticos e políticos. Principalmente estes dois aspectos não convergem com a concepção de revogação do Ideal e a eliminação de restrições normativas descritos por Freud. Nossa tese propõe então uma inversão na solução freudiana, substituindo a noção de triunfo do Eu por aquela de uma invasão e triunfo do Ideal, no qual o Eu seria a instância silenciada. Em vez da festa, propõe-se o modelo da formação da mente grupal e do contágio dos afetos como referenciais para o exame da mania. A tese é desenvolvida a partir da reconstituição histórica da categoria de mania, para em seguida elaborar os traços principais de sua sintomatologia. Isso permitirá identificar como a mania foi apropriada pela primeira geração de psicanalistas, e fundamentalmente, por Freud. A tese se baseia em um estudo de nove casos de mania, a maior parte deles recolhidos durante experiência no contexto de internação psiquiátrica |