Potencial da taxtomina parcialmente purificada no controle de Colletotrichum truncatum e reação de cultivar de soja ao patógeno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Marcelino, Wesler Luiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-17072019-091002/
Resumo: A antracnose da soja é uma doença que causa danos na cultura, principalmente na fase vegetativa. Devido aos danos causados pela doença, métodos de controle integrado estão sendo estudados. Um desses métodos é o controle biológico, no qual agentes bióticos ou seus metabólitos são usados para controlar o patógeno. Esses agentes podem atuar diretamente no patógeno ou como indutores de resistência nas plantas e, assim, contribuir para o desenvolvimento de produtos biológicos. A bactéria Streptomyces scabies produz uma toxina que pode induzir resistência em plantas, a taxtomina A. O objetivo desta pesquisa foi avaliar os efeitos diretos e indiretos da taxtomina parcialmente purificada (TPP) no controle de Colletotrichum truncatum (C. truncatum). O efeito direto da TPP na germinação de esporos e no crescimento micelial do fungo foi testado in vitro. Nos testes in vivo foram realizados a padronização do método de inoculação de C. truncatum, a escolha da cultivar a partir da reação de cultivares e o efeito de indutores na resistência sistêmica e local. Análises bioquímicas da atividade da peroxidase (POX) e teor de fenóis livres e ligados também foram conduzidos. Como resultado, observou-se que a TPP autoclavada ou não teve efeito inibitório na germinação de esporos de C. truncatum Por outro lado, a TPP não afetou o crescimento micelial do patógeno. O melhor método para inoculação de C. truncatum em soja foi via micelial, com 72 h de umidade foliar e utilizando-se o isolado CMES 1059. No teste de reação das cultivares, a DS5916IPRO foi uma das cultivares mais suscetíveis dentre as 16 testadas. No tocante a indução de resistência local, as cultivares tratadas com TPP, Bion (Acibenzolar - S - Metil) e o fungicida Priori Xtra® (azostrobina+citroconazol) apresentaram a menor severidade entre os tratamentos testados. Na avaliação da indução de resistência sistêmica, os tratamentos não diferiram (p> 0,05) do controle. As análises bioquímicas também não diferiram. Assim, pode-se concluir que a TPP na dose de 100 μg equivalentes de taxtomina/L é termoestável e tem efeito direto sob a germinação de conídios de C. truncatum. Além disso, a TPP e o ASM têm o potencial de induzir resistência local em plantas de soja contra o patógeno.