As percepções de pais pela primeira vez na transição para a paternidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Palmeira, Jenifer dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Pai
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-27072012-203118/
Resumo: A transição para a paternidade é um período na vida do homem que está imbuído de imensas transformações. Durante esta fase ele pode experimentar diversas situações que podem ter consequências positivas ou negativas para a adaptação nesse novo papel. A realização deste estudo foi impulsionada pelos questionamentos que permeiam a participação do pai diante da experiência de nascimento do primeiro filho. Este estudo visou compreender as percepções de pais pela primeira vez frente à transição para a paternidade e descrever os incidentes críticos relacionados à experiência de transição para a paternidade do nascimento ao período pós-parto. Foi realizado estudo descritivo que utilizou como referencial metodológico a técnica dos incidentes críticos. Foram realizadas entrevistas com 10 homens, pais pela primeira vez que vivenciavam o período pós-parto em um município do interior de São Paulo, tendo como foco suas percepções diante de transição para a paternidade. Os resultados foram agrupados por categorias e subcategorias que caracterizavam os períodos da experiência dos pais: 1) Nascimento do bebê: acompanhar o parto e não acompanhar o parto; 2) Período de Internação: momento da visita; permanência no hospital e interação com o bebê no hospital e 3) Levar o bebê para casa: dificuldades com a amamentação, interação com o bebê, interação com a esposa e interação com outros membros da família. Os incidentes negativos foram relatados em numero maior do que os positivos e relacionaram-se às situações que envolveram obstáculos para participar do parto e do período de hospitalização e insegurança para pegar e cuidar do bebê depois da alta. Os incidentes positivos relacionaram-se à participação do pai no parto e às facilidades nas interações com o bebê no hospital e em casa. A paternidade significa crescimento para o pai e a percepção de que ocorre uma mudança como pessoa e na forma como encara a sua vida e a dos que dependem dele. Os resultados deste estudo são evidências que apontam para as necessidades do pai no período que envolve o nascimento do primeiro filho e suas implicações para a enfermagem. Apontam também para a necessidade da inclusão do pai pelos serviços de saúde, organizando estratégias de intervenção voltadas para o acolhimento e o apoio ao pai nas situações que envolvem o nascimento do filho, desde o pré-natal ao período pós-parto.