Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santana, Keila Valente de Souza de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6140/tde-08082023-151016/
|
Resumo: |
Introdução: Associada com uma considerável quantidade de doenças crônicas, agudas e mais recentemente, a Covid 19, a deficiência de vitamina D tem se tornado cada vez mais prevalente até em regiões de baixa latitude. Objetivo geral: Identificar e caracterizar a associação entre clima, estilo de vida e áreas verdes com os status de vitamina D em mulheres. Objetivos específicos: Avaliar a associação entre concentrações séricas de 25(OH)D e fatores relacionados ao estilo de vida em uma amostra de mulheres brasileiras que vivem na latitude 21º 80\' S. Analisar a associação entre verde residencial em áreas urbanas e concentrações séricas de 25(OH)D em moradoras de uma cidade brasileira interiorana de médio porte e de clima tropical. Analisar a associação entre verde residencial, estilo de vida e concentrações séricas de 25(OH)D em moradoras de cidades de clima temperado ao sul da Inglaterra. Método: Foram realizados dois estudos epidemiológicos que analisaram a influência da dieta e exposição à luz solar no status de vitamina D. Idade, variáveis antropométricas, cor da pele e estado pós-menopausa foram medidos como potenciais fatores de confusão. O estudo transversal foi realizado com 101 mulheres com 35 anos ou mais que avaliou a associação entre a concentração sérica de 25(OH)D e a exposição à radiação ultravioleta, estilo de vida e depressão. O estudo longitudinal de 1 ano avaliou o status de vitamina D em 365 mulheres caucasianas e asiáticas, na pré-menopausa e pós-menopausa, residentes na região sul do Reino Unido. Como indicador da variável áreas verdes, foi calculado o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada. Foram usados modelos de regressão múltipla e logística para analisar a associação entre as variáveis, além de testes não paramétricos. Os estudos resultaram em três artigos que estão na presente tese. Resultados: No primeiro artigo, no estudo transversal, mulheres mais velhas tiveram uma concentração significativamente maior de 25(OH)D do que as mulheres mais jovens (p = 0,013), bem como maior exposição à RUV (p = 0,01) e menor IMC (p = 0,005). Esses achados são independentes de outros fatores de confusão medidos. No segundo artigo, observou-se uma associacao positiva estatisticamente significativa entre a exposicao ao indice de vegetacao circundante residencial abaixo da mediana e a prevalencia de niveis insuficientes de 25(HO)D (P=0,03).No terceiro artigo, no estudo de coorte, as participantes que viviam em áreas mais verdes eram mais propensas a ter status de vitamina D melhorado (RR: 1,51, IC 95%: 1,13- 2,02), assim como, as que eram mais expostas à radiação ultravioleta (RR: 2,05, IC 95%: 1,44 - 2,92). Contudo, no modelo totalmente ajustado, as variáveis etnia e hormônio paratireóideo permaneceram significantes, p < 0,001 e p = 0,003. Conclusão: Foram encontradas associações entre vitamina D, estilo de vida, saúde mental e áreas verdes importantes para um panejamento urbano e social de incentivo a atividades ao ar livre. Contudo, uma análise de mediação que elucide como as áreas verdes contribuem para maiores níveis de vitamina D através do tempo de exposição à luz solar é necessário. |