Flavanonas de Citrus - mecanismos de proteção de células β-pancreáticas submetidas ao estresse oxidativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Anacleto, Sara Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9131/tde-22122021-124137/
Resumo: O colesterol está entre os fatores que induzem o estresse oxidativo nas células &#946;- pancreáticas, gerando aumento de espécies reativas de oxigênio tais como o ânion superóxido, acarretando em prejuízo na síntese e secreção de insulina. Uma maior oferta dietética de compostos bioativos, como as flavanonas da laranja, através de suas propriedades anti-inflamatória e antioxidante, poderiam reduzir o estresse oxidativo nas células &#946;, melhorando sua função. Assim, o objetivo deste trabalho consiste em avaliar o efeito de metabólitos de flavanonas na proteção à função de células &#946;-pancreáticas submetidas ao estresse oxidativo. Os metabólitos de flavanonas de fase-II avaliados foram naringenina 7-O-glucuronídeo, hesperetina 3-O-glucuronídeo e hesperetina 7-Oglucuronídeo e também dois catabólitos produzidos pela microbiota intestinal, o ácido hipúrico e o ácido 3-(4-hidroxifenil)propiônico, principais compostos circulantes após a ingestão da flavanona naringenina. As células foram analisadas quanto à viabilidade celular e modulação do estresse oxidativo. Inicialmente, foi padronizado as condições de 320 &#181;M de colesterol e 6 h de incubação para a indução do estresse oxidativo nas células &#946; da linhagem Min6. Os metabólitos de flavanonas não afetaram a viabilidade celular nas concentrações testadas (2 &#181;M, 5 &#181;M, 10 &#181;M e 100 &#181;M). O colesterol reduziu significativamente a viabilidade celular (em até 40%) em dose e tempo dependente, com melhora significativa na presença dos metabólitos. Ademais, os metabólitos de flavanonas reduziram o estresse oxidativo observado pela redução significativa (p<0,05) da peroxidação lipídica, ânion superóxido e peróxido de hidrogênio. Em resposta à redução de espécies reativas de oxigênio, observou-se redução na atividade superóxido dismutase (55% a 82%) e glutationa peroxidase (10% a 53%), valores estes encontrados elevados com o colesterol. Ainda, a função mitocondrial e secreção de insulina foi melhorada com o tratamento com todos os metabólitos, além da redução na apoptose. Desta forma, observa-se que a melhora na função celular das células &#946;-pancreáticas foi devido a ação antioxidante direta dos metabólitos de fase II e catabólitos de flavanonas, o que é reforçado pelo fato de detecção destes no interior da célula, com excessão do ácido 3-(4-hidroxifenil) propiônico, o qual não foi encontrado no meio e interior da célula. Assim, estes resultados demonstraram que os metabólitos de flavanonas protegeram as células &#946;- pancreáticas contra o estresse oxidativo induzido pelo colesterol, mitigando os efeitos em cadeia sobre a função das células &#946;.