Sistemas deposicionais no quaternário costeiro entre Jaguaruna e Imbituba, SC.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1993
Autor(a) principal: Giannini, Paulo Cesar Fonseca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44136/tde-11032013-133424/
Resumo: Uma tentativa de análise conceitual da linguagem usada em teoria de sistemas, aplicada à sedimentação costeira quaternária, permitiu o reconhecimento e a descrição, em superfície, de quatro tipos de sistemas deposicionais na área do grande complexo lagunar centro-sul catarinense (lagoas Garopaba do Sul, Camacho, Santa Marta, Santo António, lmaruí e Mirim). Sistema deposicional é definido como conjunto de fácies formadas por processos em operação conexa e organizada, possuindo assim padrão típico de arranjo espacial de fácies. Dos sistemas reconhecidos, dois estendem-se do Pleistoceno ao Holoceno: os sistemas eólico e planície costeira. Os outros dois sistemas, lagunar e barra-barreira, são considerados holocênicos. Cada sistema deposicional é submetido a uma descrição externa e interna. A descrição externa trata das trocas de sedimentos e energia entre sistemas; estas trocas ocorrem sob dois modos diferentes, alternados no tempo: a retroalimentação (manutenção do estado estacionário de equilíbrio) e os eventos de evolução espontânea (busca de novo estado estacionário). Exemplos de alternância entre mecanismos de troca são os ciclos de fechamento e abertura da desembocadura lagunar do Camacho (canal de transferência entre os sistemas lagunar e barra-barreira) ou as fases de ativação e cessamento de dunas eólicas primárias (relação de troca entre a fácies praial dos sistemas barra-barreira ou planície costeira e o sistema eólico). A descrição interna parte da concepção de hierarquias espaço-temporais de fácies, para cada sistema deposicional, e baseia-se na caracterização fisiográfica e sedimentológica (estruturas sedimentares, granulometria e minerais pesados) do sistema em diferentes níveis desta hierarquia. Destaca-se a subdivisão do sistema lagunar em duas associações de fácies, a baixio-laguna, gerada pelo afogamento transgressivo parcial de outros sistemas preexistentes, e a baía-laguna, formada por Deposição de uma barreira durante a transgressão iniciada no final do Pleistoceno. No sistema eólico, além de duas associações de fácies relacionadas a taxas de aporte sedimentar contrastantes, são reconhecidas pelo menos quatro gerações deposicionais. Supõem-se leis de dependência entre três fatores: os tipos de associações de fácies, a morfoestratigrafia de gerações eólicas e o modo de interação dinâmica (retroalimentação versus evolução espontânea) entre sistema eólico e fácies praial. O último fator é controlado pelo comportamento do nível relativo do mar (NRM). Com base nisso, correlações gerais entre gerações eólicas da área em estudo e de costas de padrão de NRM similar em outros continentes são propostas.