Biodegradação e biorremediação ex situ do pesticida esfenvalerato mediado por microrganismos isolados do solo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Souza, Lohany Idargo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/75/75133/tde-02022022-130716/
Resumo: O uso indiscriminado de defensivos agrícolas pode levar a contaminação do solo, do ar, da água e colocar em risco o ecossistema. A classe dos piretróides compõe um grupo de pesticidas que vem sendo bastante utilizado no mundo, mesmo apresentando poucos estudos relacionados ao seu acúmulo no meio ambiente e nos seres vivos. Sendo assim, este estudo teve como objetivo avaliar a degradação do esfenvalerato em meio líquido e em solo pela ação de microrganismos. Para isso foram isoladas 16 bactérias e 6 fungos de uma amostra composta de solo coletada a 20 cm de profundidade, os quais foram capazes de crescer em uma concentração inicial de 100 mg.L-1 do pesticida em meio de batata-dextrose-agar. Em seguida foram selecionados os microrganismos mais promissores para realizar os estudos de biodegradação. Os resultados foram analisados por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC). Os melhores isolados quanto à biodegradação do pesticida esfenvalerato foram a bactéria Cupriavidus sp. (QOB-B09) a qual sozinha degradou em média 85% da concentração inicial do pesticida (100 mg.L-1) em meio líquido de caldo nutriente (5 dias), o consórcio bacteriano composto pelos isolados QOB-B01, QOB-B02 Lysinibacillussp. (QOB-B03), Lysinibacillus sp. (QOB-B08), Cupriavidus sp. (QOB-B09), QOB-B10, Bacillus sp. (QOB-B14) e QOB-B15 atingiu uma média de 99% degradação da concentração inicial do pesticida (100 mg.L-1) em meio líquido caldo nutriente (5 dias) e 27% em solo (28 dias). O isolado fúngico QOB-F02 degradou em média 44% da concentração inicial do esfenvalerato (100 mg.L-1) em meio líquido de malte 2% (7 dias) e em solo degradou em média 21% do pesticida (28 dias). Os principais metabólitos foram identificados e analisados em um cromatógrafo a gás acoplado ao Espectrômetro de Massas (CG-EM). Foram encontrados os principais produtos de degradação do pesticida esfenvalerato o 3-fenoxibenzaldeído (PBald), o ácido 3-fenoxibenzoico (PBAc), o álcool 3 fenoxibenzílico (PBA) e o ácido 2-(4-clorofenil)-3-metilbutírico (CLAc). Os microrganismos degradaram concentrações diferentes do pesticida esfenvalerato com isso a seleção de microrganismos resistentes aliada aos estudos de biorremediação ex situ ajudou a compreender quais isolados poderiam ser usados como uma ferramenta na biorremediação dos problemas causados pelos impactos ambientais envolvendo esse xenobiótico.