Arqueologia na região dos interflúvios Xingu-Tocantins: a ocupação tupi no Cateté.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Garcia, Lorena Luana Wanessa Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-16052012-143440/
Resumo: A região do rio Cateté, situada nos interflúvios Xingu-Araguaia-Tocantins, possui um longo histórico de ocupação indígena, registrado através dos sítios arqueológicos datados de 190 d.C com cerâmica associada às tradições Borda Incisa/Barrancoide - relacionadas à expansão dos povos Aruak -, e também através do estabelecimento de grupos Kaiapó, povos de língua Jê, que ocupam a região desde o século XIX. No longo intervalo temporal que distancia essas sociedades, registram-se, nessa mesma região, ocupações Tupi que datam de 280 d.C. até ao final do século XIX. Parte desse quadro é sustentado pelos resultados do estudo da variabilidade formal da cerâmica dos sítios arqueológicos Mutuca e Ourilândia 2 e pela revisão das fases arqueológicas regionais - fases Itacaiunas e Carapanã. A cerâmica relacionada à ocupação Tupi, no sítio Mutuca, é contextualizada regionalmente dentro da fase Itacaiunas. Para a fase Carapanã, propõe-se uma reformulação, em que essa fase passa a ser uma variação espaço-temporal das tradições Borda Incisa/Barrancoide, identificada localmente no sítio Ourilândia 2 e nos registros de ocupação mais antiga no sítio Mutuca. Essa reformulação sustenta a hipótese de que há correspondência entre o estilo tecnológico da cerâmica das fases Carapanã (médio Xingu e Itacaiúnas) e Ipavu (alto Xingu), ambas vinculadas às mesmas tradições arqueológicas. De acordo com essa hipótese, a fase Carapanã representaria os primeiros registros das ocupações dos ancestrais dos povos Aruak do sul da Amazônia os quais começariam a se estabelecer na região do Alto Xingu por volta de 800 d.C.