Fabulário Oswald de Andrade: memórias de um homem sem profissão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Maio, Sandro Roberto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-21022018-103758/
Resumo: Este trabalho tem como objetivo uma leitura crítica do primeiro volume das memórias de Oswald de Andrade, intitulado Um homem sem profissão. Sob as ordens de mamãe. Memórias e confissões (1954). Esta análise interpretativa procura partir dos movimentos do narrador, por meio dos quais verifica-se a exposição dos assuntos com atenção para o contraditório, impasses e tensões presentes no relato. A fabulação narrativa que se apresenta pelos designativos de matinada e orfandade, é interpretada com base no plano subjetivo da descoberta e da perda. De outra parte, no campo das memórias e das confissões o interesse se volta para as inter-relações entre relato autobiográfico e mediações com a história brasileira. Imbricados, esses dois universos (subjetivo e coletivo) acabam por realizar um movimento de revisão de valores do artista em foco, que remonta ao próprio movimento modernista de que Oswald de Andrade foi figura central. Neste sentido, destaca-se a própria elaboração do relato de construção fragmentária, contida em episódios variados, pondo em movimento dialético as relações do narrador com a cidade, a mobilidade da viagem e a volubilidade das paixões. Daí o convívio e confronto de temas como revolução, política, sexualidade, morte e tragédia que servem para o escritor forjar o imaginário de sua juventude, numa transposição da vida como luta e da vida como arte.