Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Emerici, Denise Aparecida Telheiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-07112019-184117/
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Resumo: |
O objetivo deste trabalho é apresentar propostas didáticas para o ensino-aprendizagem das concessivas para os anos finais do Ensino Fundamental, considerando não só aspectos semântico-pragmáticos, como também discursivos. Para atingir esse objetivo, a pergunta que nos guiou foi: Qual caminho teórico-metodológico precisa ser delineado para que a construção de propostas didáticas para o ensino-aprendizagem da concessão possa levar a/o aluna/o a ser mais consciente dos efeitos de sentido dos usos gramaticais, seja na interpretação, seja na produção textual, levando em conta o dialogismo e o discurso? Para respondermos a essa pergunta, discutimos brevemente o percurso da gramática na escola no último século, as pesquisas linguísticas e seus impactos no ensino, a visão de língua veiculada nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada no final de 2018, que passou a ser referência para elaboração de currículos, propostas pedagógicas e elaboração de conteúdo. Posteriormente, para a compreensão das concessivas, partimos de uma convergência entre os conceitos funcionalistas de ENGAJAMENTO (Martin & White, 2005) e de relações lógico-semânticas (Neves, 2000, 2002) e a noção bakhtiniana de dialogismo (Volóchinov, 2017). Na sequência, analisamos os conceitos e as atividades sobre concessão nas coleções didáticas aprovadas no último Programa Nacional do Livro Didático (PNLD-2017) para os anos finais do Ensino Fundamental. Nossos resultados apontam, principalmente, para a necessidade de o texto ser tratado como elo na cadeia enunciativa para que a concessão possa ser entendida no discurso. Por isso, para a elaboração das propostas, utilizamos as duas perspectivas teóricas acima mencionadas, dado que assumem o texto ou o enunciado como centro do estudo da linguagem. Coletamos os textos para a construção das propostas em sites de jornais de circulação nacional, em redes sociais como Facebook e Twitter e em ferramentas de busca da internet, a partir de três critérios: 1) apresentar temática relacionada ao Feminismo, a discursos estereotipados e machistas sobre a mulher, à Lei Maria da Penha, ou à violência contra a mulher, especificamente o Feminicídio; 2) ser escritos por mulheres; 3) ter um dos tipos de concessão discutidos por Mizuno (2007): padrão, retificadora e retórica. As três propostas, denominadas Diálogos Didáticos, elaboradas a partir dos textos selecionados são: Queremos voz!, Lugar de mulher é... Onde ela quiser! e A proteção que vem das leis. Por meio dos nossos diálogos com as(os) jovens e com as(os) docentes, envolvendo não só o ensino-aprendizagem da concessão, mas também da leitura e da escrita, esperamos levar as(os) estudantes a compreenderem as diversas vozes circulantes que se materializam, não somente, mas também linguisticamente, pelo uso de concessivas, a fim de que possam aprender a refutar posicionamentos estereotipados, excludentes e violentos pelo diálogo, condição para a convivência em espaços públicos e virtuais. |