Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Alegre, Paulo Augusto Colaço Monte |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-24112022-103630/
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Resumo: |
Esta pesquisa inicia sua base teórica apresentando considerações sobre as expressões dos autores Eurípedes, em \"as Bacantes\" e Diderot, em \"Carta sobre os cegos para uso dos que vêem\", interpretando alguns aspectos como uma representação valorizadora de indivíduos ou personagens cegos. Realiza, em seguida, por um enfoque Piagetiano, uma apresentação de conhecimentos extraídos de uma bibliografia afim, sobre aspectos cognitivos, afetivos e sociais do desenvolvimento das pessoas deficientes visuais, desde o nascimento até a juventude. Aborda-se, também, estudos sobre os aspectos escolares dos processos de busca de íntegração de deficientes visuais no Brasil. Finalizando o embasamento teórico apresentam-se discussões sobre o entendimento de como se dá o processo de construção do conhecimento nas pessoas cegas.A partir desta base e tendo em vista que um dos campos mais fundamentais de oferta ou de carência do atendimento das necessidades especiais das pessoas deficientes é a escola, investigou-se a representação social de crianças cegas da primeira à quarta séries do ensino público da cidade de São Paulo. Procedeu-se um estudo de casos exploratório de docentes de sala de recursos especializados em deficiência visual, professores de classe comum com apoio de sala de recursos e de escolas sem qualquer apoio especializado.)Revelou-se que o período de início do trabalho com as crianças deficientes visuais foi permeado por sentimentos de medo, angústia, desespero, etc e desconhecimento dos procedimentos pedagógicos a aplicar na sala comum.Os professores de sala de apoio entrevistados foram aqueles que manifestaram maior confiança na afirmação das necessidades educacionais especiais destes alunos. Os docentes de escola sem apoio especializado realizaram algumas soluções pedagógicas criativas e expressaram grande interesse e boas relações afetivas com seus alunos deficientes visuais. Apesar da evolução afetíva na relação com a criança, seu despreparo amplo permaneceu gerando vivências de frustração e culpa pela atuação profissional insuficiente comparativamente à criança dotada de visão.Os docentes de sala regular com apoio especializado na própria escola foram aqueles que menos se manifestaram a respeito das necessidades das crianças cegas: transferiram a incumbência dos conhecimentos sobre o aluno cego para o professor especializado.Todos os docentes expressaram a participação fundamental de uma Associação não-governamental paulistana de apoio a deficientes visuais, como provedora de suportes embasadores de necessidades especiais. Isto ressalta a ausência do Poder Público nesta área |