Análise farmacocinética pela ressonância magnética (RM) para detecção de hipóxia tumoral em neoplasia de próstata

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Febronio, Eduardo Miguel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-26072024-142849/
Resumo: O câncer de próstata consiste em uma das neoplasias mais comuns em homens, com aumento de incidência nas últimas décadas. Enquanto a maior parte dos tumores tem curso indolente, alguns outros apresentam comportamento mais agressivo, sendo assim, encontrar biomarcadores que possam demonstrar agressividade de maneira não invasiva, seria de grande valia. Estudos demonstraram que a hipóxia está relacionada a maior agressividade, dessa maneira, o presente trabalho teve como objetivo investigar a associação entre hipóxia tumoral, avaliada por meio de coloração específica, e a agressividade no câncer de próstata usando modelos farmacocinético por imagem derivados de Tofts, para prever a agressividade tumoral. Para essa finalidade, de janeiro de 2019 a abril de 2021, foi realizada busca retrospectiva de pacientes com câncer de próstata confirmado e exame de ressonância magnética prévio. Após exclusões, 57 pacientes consecutivos foram incluídos. Dados dos pacientes, incluindo variáveis demográficas, laboratoriais e patológicas, foram coletados. A aquisição de imagens de ressonância magnética (RM) seguiu as diretrizes do PI-RADS, abrangendo sequências ponderadas em T2, difusão (DWI) e imagens com contraste dinâmico (DCE). Um radiologista abdominal experiente conduziu análises morfológicas e quantitativas de RM, avaliando parâmetros como tamanho da lesão, valores do Coeficiente de Difusão Aparente (ADC) e farmacocinética de Tofts. A análise histopatológica incluiu o escores internacionais e a imuno-histoquímica do marcador de hipóxia. Como resultados, não houve diferenças demográficas e de imagem significativas entre tumores hipóxicos e não hipóxicos, exceto pelos níveis elevados de Antígeno Específico da Próstata (PSA) nos últimos e ADC normalizado reduzido nos primeiros. Avaliações morfológicas revelaram lesões maiores no grupo de hipóxia. Houve uma associação positiva com hipóxia, sem prever entretanto independentemente lesões de alto risco, concluindo-se que a análise farmacocinética pelo modelo de Tofts esteve associada a tumores com hipóxia, porém não sendo um parâmetro preditor independente de tumores mais agressivos. Estudos futuros, com um maior número de pacientes, multi-institucionais e prospectivos, são necessários para verificar essa possível associação.