Dinâmica de acúmulo de forragem e estrutura do dossel em pastagens de Brachiaria decumbens Stapf. cv. Basilisk sob lotação contínua

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Ferreira, Aliedson Sampaio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-08022011-102123/
Resumo: A produção das pastagens tropicais requer o acúmulo de forragem em quantidades satisfatórias bem como que sua eficiência de colheita seja maximizada. A otimização deste processo exige conhecimento integrado de informações sobre do processo produtivo, onde a altura do dossel, usada como ferramenta de manejo, está relacionada as respostas morfogênicas e estruturais do dossel, composição morfológica e produtividade da forragem, podendo ser útil para recomendação do manejo do pastejo. O objetivo deste estudo foi descrever e explicar o efeito da altura do dossel sobre a dinâmica de acúmulo de forragem e eficiência de pastejo em pastagens de capim-braquiária (Brachiaria decumbens Stapf. cv. Basilisk) sob lotação contínua. O estudo foi realizado em Brotas-SP. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com quatro repetições e os tratamentos consistiram em três alturas de manejo, 10, 17,5, 25 cm. As unidades experimentais (144 m2) foram mantidas em alturas constantes de dossel utilizando a técnica de mob grazing. Foram avaliados (no ano e dentro de quatro estações) o acúmulo de forragem, massa de forragem, composição morfológica, estrutura do dossel, densidade de perfilhos e morfogênese. A maior produção total foi de 16660 kg MS ha-1 nos dosséis de 25 cm. O acúmulo de forragem na altura de 10 cm foi 15 % maior do que o de 17,5 cm no verão. A massa de forragem esteve associada com a altura, e foi 46 % maior na altura de 25 cm em relação ao dossel de 10 cm. A proporção de lâmina foliar foi em média de 44 % na altura de 10 cm e de 40 % no verão. A proporção de colmos aumentou com o aumento da altura, com 42 % registrado verão nos dosséis de 25 cm. No ano, a proporção de material morto no outono e inverno foi semelhante em todos os tratamentos e no verão e primavera a maior proporção foi nos pastos de 17,5 e 25 cm. O IAF foi maior na altura de 25 cm no verão, outono e inverno e com IL em média de 97 %. Na altura de 10 cm a taxa de aparecimento de folhas foi maior do que nos pastos manejados a 25 cm. A duração de vida de folha foi maior no outono. Na altura de 25 cm a duração de vida da folha foi de 54 dias, enquanto que nos dosséis de 10 cm foi de 46 dias. A eficiência de pastejo não foi modificada pela altura, com valor médio de 64%. A altura modificou a densidade de perfilhos basais e reprodutivos, porém não alterou a densidade de perfilhos totais, variando nas estações (40 % a mais no verão do que no inverno). As respostas produtivas, estruturais e morfogênicas variaram em função das alturas de dossel utilizadas, podendo assim a altura ser utilizada como ferramenta de manejo do pastejo em pastagens de capim-braquiária manejados sob lotação contínua.