A filosofia da natureza de Ilya Prigogine

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Mampia, Joseph Motema
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-17012024-174311/
Resumo: O presente trabalho examina a contribuição de Ilya Prigogine para alguns domínios das ciências físicas e para a filosofia da ciência. As ideias de Prigogine partem de uma insatisfação intelectual quanto à visão do universo proposta pela física clássica, envolvendo determinismo, reversibilidade e atemporalidade. Nos seus estudos sobre os fenômenos irreversíveis na química e na física de não equilíbrio, Prigogine chegou à conclusão de que o universo é em grande parte indeterminista, possuindo uma irreversibilidade intrínseca a nível microscópico, e que essa instabilidade desempenha um papel construtivo. Reconhecendo que a vida mantém-se em condições longe do equilíbrio, aplica sua concepção filosófica para explicar a vida, a novidade e a evolução, considerando que a desordem pode ser fonte de ordem. Aplica sua noção não-reducionista de irreversibilidade para entender a seta do tempo. Examinando as críticas feitas a Prigogine, conclui-se que a visão tradicional, baseada no trabalho de Ludwig Boltzmann, e a concepção de Prigogine constituem interpretações diferentes a respeito da Mecânica Estatística, do problema da irreversibilidade e da questão da flecha do tempo. O debate não é a respeito dos fenômenos observáveis, mas sobre qual é a melhor maneira de explicar os fenômenos observáveis. Boltzmann adota uma perspectiva realista em relação ao mundo microscópico, ao passo que Prigogine adota uma postura antirrealista, apesar de defender um pluralismo ontológico em seus escritos filosóficos.