Viver para viver: sobre o olhar da ciência diante da vida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Germano, Auta Stella de Medeiros
Orientador(a): Almeida, Maria da Conceição de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduaçâo em Educação
Departamento: Centro de Ciências Sociais Aplicadas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49751
Resumo: A tese discute considerações importantes da ciência sobre a natureza da vida, no que se refere às características da ordem e da autonomia do mundo vivo. Analisam-se primeiramente considerações sobre a imanência da vida à Natureza, em sua relação com diferentes princípios explicativos de ordem através da História da Ciência Ocidental. As considerações de Prigogine e Stengers sobre a reafirmação do potencial criativo da Natureza, através de propriedades dos sistemas longe do equilíbrio termodinâmico, guiam este primeiro momento. Num segundo momento, retomam-se algumas reflexões contemporâneas da ciência em torno de propriedades dos seres vivos, no sentido de elucidar a abrangência e o significado do conceito de autopoiese, conforme sugerido pelos biólogos Maturana e Varela para caracterizar a organização dos seres vivos. Discutem-se aí as implicações deste conceito em termos da identificação do viver com o conhecer e do que é investigado como um finalismo, intrínseco àquela definição: viver para viver. À luz das análises desenvolvidas, sugere-se a integração de três elementos na prática educativa formal: o exercício da observação das relações circulares, particularmente nos sistemas vivos e na Natureza em geral; o exercício do “fluir’, observando os limites do controle sobre os processos de que fazemos parte, e buscando ao mesmo tempo uma prática consciente auto-corretiva; e finalmente, o incluir-se do educador, enquanto ser humano e ser vivo, na própria reflexão sobre a vida.