Estratégias financeiras que colaborem para sustentabilidade de operadoras de saúde filantrópicas brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Falsarella Junior, Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
DEA
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96132/tde-26082019-113115/
Resumo: O sistema de saúde complementar brasileiro desempenha importante papel na economia brasileira, por preencher um espaço não ocupado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, torna-se importante gerenciá-lo de forma sustentável, para evitar uma sobrecarga do SUS. Esta preocupação levou à criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar - órgão regulador que passou a fiscalizar e endurecer as regras do setor. Dessa forma, houve uma grande redução no número de Operadoras de Saúde Suplementar (OPS), gerando preocupações com o setor e, sobretudo, com a forma de gestão dessas empresas. O presente estudo destacou a categoria de OPS filantrópicas por estar em evidência pela rápida redução do número de OPS ao longo dos anos, o que demonstra estarem enfrentando maiores dificuldades. Assim, este estudo tem como objetivo propor estratégias financeiras que colaborem para a sustentabilidade de operadoras de saúde brasileiras. Aplicou-se a metodologia quantiqualitativa proposta por Salgado Junior e Novi (2014), sendo a etapa quantitativa composta de dois estágios. O primeiro destinou-se a avaliações financeiras e de prestação de serviço, formando assim um plano cartesiano, sendo a abscissa e ordenada, respectivamente, as eficiências em prestação de serviços e financeiras das operadoras. Este gráfico foi dividido em nove partes, diferenciando as OPS de acordo com suas eficiências. Para o pilar de sustentabilidade financeira, utilizou-se como parâmetro de avaliação da eficiência a variável ROA (retorno sobre o ativo) e, no pilar de prestação de serviços, a metodologia DEA CCR. O segundo estágio da etapa quantitativa contou com testes estatísticos para identificar as diferenças estatisticamente significantes. As variáveis encontradas foram então utilizadas como insumos para a criação dos instrumentos de pesquisa, financeiro e de serviços, bem como para elaboração do roteiro de entrevista semiestruturado utilizado na etapa seguinte, a qualitativa. A amostra de OPS foi composta de 43 operadoras, das quais seis aceitaram participar e contribuir para os estudos de casos. Por meio das entrevistas realizadas em campo com gestores das OPS, foi possível identificar boas práticas de gestão que, traduzidas em estratégias financeiras, podem contribuir para a sustentabilidade financeira das OPS filantrópicas e com isso cumprir com o objetivo proposto no trabalho. Os resultados enfatizaram 71 estratégias de gestão que podem ser aplicadas por gestores, fiscais, pesquisadores e profissionais da área, com potencial de colaborar para a sustentabilidade das OPS filantrópicas