O direito à educação e seus labirintos: efeitos da massificação escolar desde as margens do Estado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Novaes, Cintia Bonavina de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-29092020-150002/
Resumo: A presente pesquisa se orienta por uma perspectiva da antropologia do Estado sobre o cotidiano escolar, por meio da produção e efeitos da legibilidade (e ilegibilidade) do direito à educação, articulando o peso do território e as apostas familiares na busca pela boa escola, a partir do olhar e escuta das experiências escolares de crianças e adolescentes matriculados nas séries finais do Ensino Fundamental em duas escolas públicas uma da rede Municipal e outra da rede Estadual localizadas no distrito Freguesia do Ó/Brasilândia, na Zona Norte da cidade de São Paulo. Assim, a questão central é entender quais discursos ou mecanismos emolduram certo regime de legibilidade a respeito da escolarização, e de que modo orientam as estratégias familiares no interior do sistema público de ensino, a partir da mediação entre o acessível e os esforços possíveis na busca pela boa escola. Ainda, trata-se de jogar luz sobre práticas e valores por meio dos quais a escola lê seus alunos e os inscreve na estrutura de possibilidades de subjetivação e cidadania. Ou, para formular nos termos de Didier Fassin, qual moral de estado orienta a ação dos agentes escolares junto a um alunado heterogêneo, recortado conforme os próprios bairros de residência, isto é, entre o perigoso e o vulnerável? Utilizamos como referências os conceitos de experiências escolares (sociologia da experiência) de François Dubet e os estudos sobre legibilidade/ ilegibilidade das práticas estatais, de Veena Das e Deborah Poole, entendendo que nos oferecem subsídios analíticos para um estudo investigativo das cenas, relações, experiências e efeitos estatais que rondam a efetivação do direito à educação no cotidiano escolar.