A Síndrome da Imunodeficiência e a mortalidade masculina, de 20 a 49 anos, no Município de São Paulo. 1983 a 1986

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1993
Autor(a) principal: Buchalla, Cassia Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-21072016-163824/
Resumo: Com a finalidade de conhecer a história da epidemia de AIDS no Município de São Paulo, analisou-se a mortalidade pela síndrome, de 1983 a 1986. Utilizando a metodologia de revisão dos atestados de óbito, foi possível conhecer algumas características desses indivíduos e detectar casos de AIDS não notificados ao sistema de vigilância epidemiológica. Foram revistos os atestados de óbito de indivíduos do sexo masculino, de 20 a 49 anos, que faleceram no Município de São Paulo, de 1983 a 1986. Os atestados foram selecionados pela causa básica, onde esta era AIDS, imunodeficiência, doenças indicativas de AIDS ou infecções oportunistas e outras patologias que poderiam estar mascarando casos de AIDS. Entre 4023 atestados selecionados, 359 se referiam a AIDS e, destes, 305 (85 por cento ) eram óbitos de casos notificados e 54 (15 por cento ) óbitos de casos não notificados. No grupo não notificado, a AIDS, ou apenas imunodeficiência, era causa básica em 26 declarações de óbito e em outras 10 ela era mencionada, ainda que não como causa básica. Os 54 casos identificados pelo estudo representam um aumento de 7 por cento no número de casos de AIDS do Município de São Paulo e de 7,3 por cento no número de óbitos pela doença, neste mesmo local, sendo que a letal idade da AIDS passa de 77,8 por cento para 79,3 por cento no período considerado. Os casos detectados de AIDS eram em sua maioria indivíduos solteiros (81,9 por cento ), jovens (58 por cento tinham de 20 a 34 anos) e que faleceram em hospitais (95,3 por cento dos óbitos). As profissões mais referidas foram de bancário e economiário (6,7 por cento dos atestados), auxiliar de escritório (6,4 por cento ), seguidas de cabeleireiro (5,3 por cento ) e de comerciante (3,9 por cento ). Entre os casos não notificados havia maior freqüência de indivíduos com nível superior de educação em relação aos que não tinham sido notificados.