Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Satomi, Erika |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-03042023-162119/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Frente ao aumento da prevalência de demência no mundo, tem-se buscado novas estratégias para sua identificação precoce, assim como fatores modificáveis que possam mudar a evolução natural da doença. As alterações do sono têm sido estudadas nas últimas décadas, principalmente pela elevada prevalência das mesmas em fases avançadas das doenças neurodegenerativas. Porém, não apenas o repouso noturno, e sim atividade diurna e noturna estão frequentemente alterados em pacientes com doença de Alzheimer e outras demências, mesmo nas fases pré-clínicas ou sintomáticas leves. OBJETIVOS: Analisar o ritmo atividaderepouso e sua associação com a cognição em idosos com risco cognitivo, através do uso de variáveis não paramétricas. MÉTODOS: O ritmo de atividade foi avaliado através do uso de actígrafo em 109 idosos de comunidade com queixa cognitiva, mas sem diagnóstico prévio de demência. Cada participante completou uma bateria neuropsicológica e foi classificado em: cognição normal, comprometimento cognitivo leve e demência. Através de modelo de regressão linear ajustado para variáveis socioeconômicas, comorbidades e depressão, analisamos a associação entre variáveis não paramétricas (M10, L5, RA, IV, IS) e performance cognitiva. RESULTADOS: Identificamos associação entre a intensidade de atividade diurna (M10) com linguagem (=0.160; IC95%=0.007 a 0.314; p=0.04) e função visuoespacial (=0.158; IC95%=0.009 a 0.307; p=0.04). Além disso, aqueles com maior fragmentação do ritmo (IV) tiveram pior desempenho em função visuoespacial (=-0.172; 95%CI=-0.322, -0.023; p=0.02) e escore global (=-0.136; 95%CI=-0.265, -0.007; p=0.04), após ajuste para variáveis sociodemográficas e comorbidades e depressão. Ao comparar os grupos cognitivos, maior atividade diurna (M10) esteve associada a menor risco de demência em relação ao grupo sem comprometimento cognitivo (RR=0.35; IC95%= 0.17 a 0.84; p=0.02). Além disso, maior fragmentação do ritmo (IV) mostrou associação com maior risco de demência (RR=3.21; IC95% =1.40 a 7.34; p=0.006). Já a maior sincronização com ciclo claro-escuro esteve associada a menor risco de comprometimento cognitivo leve (RR=0.54; IC95%= 0.30 a 0.98; p=0.04) e demência (RR=0.44; IC95%= 0.21 a 0.93; p=0.03). CONCLUSÃO: O estudo apresenta 13 evidências de que não apenas características relacionadas ao sono, mas também atividade diurna e fragmentação de ritmo estão associadas ao desempenho cognitivo em fases precoces ou pré-clínicas da demência. Além disso, sugere que a sincronização do ritmo de atividade com o ciclo claro-escuro possa ser um marcador de perda cognitiva. Estas variáveis além de marcadores precoces, podem ser promissoras em termos de intervenção para desacelerar o declínio cognitivo em idosos |