Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Rassi, Marcio Saquy |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-20062023-170554/
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Resumo: |
Introdução: neoplasias envolvendo o nervo trigêmeo que ocupam as fossas média e posterior são relativamente raros, e a escolha do acesso cirúrgico que oferece a melhor exposição do nervo trigêmeo permanece controversa. Dentre os acessos cirúrgicos mais utilizados estão o acesso intradural suboccipital retrossigmoideo (ISORS) e o acesso extradural trans-zigomático via fossa média (ETZFM), que podem ser ampliados através da remoção do tubérculo suprameatal (TSM) e do ápice petroso (AP), respectivamente. Quando acrescidos de tais manobras, recebem o nome em inglês de retrosigmoid intradural suprameatal approach (RISA) e acesso extradural trans-zigomático via fossa média com remoção do ápice petroso (ETZFMAP). Objetivos: este estudo tem como objetivos a análise quantitativa e qualitativa da exposição do nervo trigêmeo (NT) obtida através dos acessos ISORS e ETZFM e dos ganhos adicionais na área de exposição cirúrgica proporcionada pela remoção do TSM e AP, respectivamente. Métodos: foram utilizadas cinco cabeças de cadáver adultos fixadas em formol e preparadas para dissecção. Cada espécime foi submetido à tomografia computadorizada de alta resolução antes da dissecção anatômica das mesmas, e suas imagens foram carregadas no aparelho de neuronavegação. Pontos anatômicos foram definidos nos limites do nervo trigêmeo, a partir de sua origem do nervo no tronco cerebral até a entrada de cada um de seus ramos nos respectivos forames na fossa média, e coletados suas localizações espaciais tridimensionais a fim de se poder calcular posteriormente a exposição do nervo trigêmeo. Em cada cabeça, foi realizado um acesso ISORS de um lado e um acesso ETZFM do outro, de maneira que um acesso não influencie na realização do outro. Após a coleta da localização espacial dos pontos expostos através destes acessos, foram então acrescentados a remoção do TS no ISORS e do AP no ETZFM, sendo realizada nova coleta de pontos a seguir. No total foram realizados 20 acessos cirúrgicos: 5 ISOSR, 5 RISA, 5 ETZFM e 5 ETZFM-AP. Resultados: a área média de exposição do NT adquirida através do acesso ISORS foi de 125,9 mm2. O acesso RISA promoveu uma média de 208,9 mm2 de área de exposição. O ganho adicional médio na área de exposição do NT ao acrescentarmos a remoção do tubérculo suprameatal foi de 61,92% (p = 0,047). Utilizando o acesso ETZFM foi obtida uma exposição média de 419,24 mm2. Quando realizado o acesso ETZFM-AP a média da área exposta obtida foi 486,03 mm2. Ao se realizar a remoção do ápice petroso observou-se um ganho adicional médio na área de exposição de 16,81% (p = 0,072). Conclusões: os acessos ISORS e ETZFM, acrescidos de remoção do tubérculo suprameatal (RISA) e ápice petroso (ETZFM-AP), respectivamente, levam a exposições quantitativamente e qualitativamente diferentes do nervo trigêmeo. No acesso ISORS, a área de exposição total do NT foi em média de 125,9 mm2, aumentando para 208,9 mm2 com a remoção do tubérculo suprameatal (RISA), representando um ganho de 61,92 % na exposição do NT (p = 0,047). No acesso ETZFM, a área de exposição total do NT foi em média de 419,24 mm2, aumentando para 486,03 mm2, com a remoção do ápice petroso (ETZFM-AP), representando um ganho de 16,81% na exposição do NT (p = 0,072). Qualitativamente, o acesso ISORS leva à exposição do segmento préganglionar do NT e a remoção adicional do tubérculo suprameatal (RISA) expõem a porção central do segmento ganglionar deste nervo. O acesso ETZFM leva à exposição do segmento ganglionar e pós-ganglionar do NT e a remoção adicional do ápice petroso (ETZFM-AP) expõem o segmento pré-ganglionar desse nervo |