Administração de morfina e cocaína em contingências operantes e pavlovianas: diferenças gênicas e comportamentais em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Serna, William Eduardo Patarroyo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-28062019-102513/
Resumo: Estudos reportando que a autoadministração repetida de drogas de abuso causa mudanças comportamentais, e na expressão de FosB, diferentes às causadas pela administração passiva repetida da mesma droga, em conjunto com estudos de discriminação de estímulos, têm sido chaves para compreender a dependência às drogas. Neste estudo se apresentam resultados de 3 experimentos que avaliaram diferenças gênicas e comportamentais entre a autoadministração de morfina e cocaína sob uma contingência operante, e a administração passiva destas drogas sob uma contingência Pavloviana, usando um modelo de administração de drogas acoplado e um protocolo de transferência operante-Pavloviana (PIT) seletiva em ratos. Os sujeitos foram distribuídos em três grupos: Administração por Contingência Operante (CO), Administração por Contingência Pavloviana (CP) e Controle (Ctr). No Experimento 1, cada sujeito do grupo CO foi exposto a sessões de autoadministração endovenosa de morfina. Depois, a expressão do gene FosB foi medida utilizando uma técnica imuno-histoquímicas em diferentes áreas do cérebro. No Experimento 2 os ratos foram expostos a um protocolo de PIT, treinando de forma inicial as contingências operante e Pavloviana separadamente, em associação a S1, utilizando infusões de morfina como reforçador. Em seguida foi treinado um encadeado de respostas (busca e administração) e finalmente, os sujeitos foram testados para avaliar o controle de estímulos que S1 adquiriu sobre as respostas de busca e administração. O Experimento 3 foi realizado utilizando os métodos dos primeiros dois experimentos, utilizando cocaína como reforçador. Em conjunto, os dados imunohistoquímicos e comportamentais sugerem que a maior expressão de FosB em subáreas envolvidas na dependência às drogas, em comparação entre os grupos CO e CP, está relacionada ao controle de estímulos estabelecido por S1 pelas diferentes contingências de aprendizagem. Ainda, os resultados apontam que estas áreas em que se encontrou uma expressão de FosB diferencial por diferentes contingências de administração de drogas coincidem com algumas das reportadas como envolvidas na PIT. Os resultados estão em concordância com estudos que reportam que a administração repetida de uma droga em contingências operantes ou pavlovianas alteram diferencialmente estruturas cerebrais envolvidas nos processos da dependência às drogas e apoiam a literatura que reporta que o estabelecimento de controle de estímulos que caracteriza a dependência se pode estabelecer por processos de aprendizagem na contingência operante e Pavloviana