Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Dornaus, Maria Fernanda Pellegrino da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7132/tde-30052007-084709/
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Resumo: |
As transformações sociais com a excessiva valorizção da imagem corporal idealizada esteticamente, em especial das mamas como símbolo da feminilidade, submete as mulheres a procurar recursos cirúrgicos para adequar sua aparência aos padrões vigentes. A maior facilidade de acesso às cirurgias estéticas repercute na prática assistencial e observamos um número crescente de mulheres com mamoplastia. O objetivo deste estudo foi de compreender a experiência de amamentação de um grupo de mulheres com mamoplastia redutora e de aumento. A pesquisa qualitativa foi desenvolvida utilizando o modelo teórico representativo da experiência de amamentar, \"Pesando Riscos e Benefícios\", elaborado por Silva (1997), e o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) para organização dos dados. Participaram do estudo 14 mulheres, sendo oito com mamoplastia redutora e seis com implante mamário, as quais expressaram o desejo de amamentar e apresentavam boas condições clínicas e, mãe e recém-nascido tinham qualquer distúrbio impeditivo à amamentação. Na ocasião das entrevistas, cerca de um mês após o nascimento, no grupo de mulheres com mamoplastia redutora, a amamentação exclusiva foi observada em caráter de exceção, duas mulheres desmamaram e seis estavam em aleitamento materno. As mulheres com prótese mamária, metade estavam amamentando exclusivmente e as restantes, em aleitamento materno. Na análise dos dados foram extraídos 16 DSC, distribuídos em quatro temas: \"Opção pela cirurgia plástica e o projeto de amamentação\", \"Vivenciando a prática da amamentação\", Reflexão sobre a interface da cirurgia com o processo de amamentação\" e \"Conciliar o papel de mãe, nutriz e mulher - não é fácil\". Os DSC revelaram o movimento de mulheres em buscar a mamoplastia para obtenção de maior satisfação com a imagem corporal e as ansiedades decorrentes da opção cirúrgica que afloram na gestação ou no pós-parto ao se depararem com a prática da amamentação. Ao vivenciarem a amamentação, as mulheres avaliaram a capacidade de produzir leite em quantidade adequada às necessidades do filho. O complemento lácteo apareceu como benefício à mulher, sendo uma estratégia para prolongar o período de amamentação e postergar o desmame e, por vezes, como auxílio para recuperação dos traumas mamilares. As mulheres em sua maioria acreditam que a mamoplastia interferiu na amamentação, observando dificuldade de ejeção e produção láctea reduzida. As mulheres que não foram capazes de manter a amamentação exclusiva expressam sentimento de culpa pela opção cirúrgica e procuraram garantir o vínculo com o filho e transmitir o amor materno construindo outras estratégias. As dificuldades em amamentar foram pautadas em questões biológicas e estruturais da glândula mamária e não em questões culturais de valorização do corpo feminino. A crença social e dos profissionais da área da saúde que a mulher com mamoplastia não deseja amamentar, para não comprometer o resultado estético de suas mamas obtido pela cirurgia não se evidenciou. Percebe-se que permanece a intenção da mulher em manter sua imagem em corcordância com os padrões idealizados, projetando a possibilidade de repetir a cirurgia no futuro |