Níveis de inclusão da fibra seca de milho com solúveis de destilaria e de bagaço de cana-de-açúcar em dietas para bovinos em terminação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Almeida, Alecsander Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-14032024-102601/
Resumo: Três experimentos foram realizados para avaliar teores de inclusão da fibra seca de milho com solúveis de destilaria (DFS), 0, 20, 40 e 60% e de bagaço de cana-de-açúcar (5.3% e 9.3% da MS) em dietas contendo milho flint moído (1,7mmm TMP) para bovinos em terminação. Foram avaliados o desempenho, as características de carcaça, os parâmetros de fermentação ruminal e a digestibilidade dos nutrientes. No experimento 1, 28 novilhos Nelore com fístula ruminal foram blocados de acordo com peso corporal inicial (PC 465 &#177; 29.44 kg), e dentro dos blocos (n = 7), os animais foram aleatoriamente designados para receber dietas contendo 5,3% de bagaço de cana-de-açúcar com a inclusão de 0, 20, 40 ou 60% de DFS em substituição parcial ao milho e total ao farelo de soja. O período experimental durou 21 dias, sendo 14 dias de adaptação e 7 dias de amostragem. Houve interação entre tratamento e horário de amostragem para as proporções molares de acetato (P=0,0043), propionato (P=0,0183), isovalerato (P=0,0025) e para a relação AcBut:Prop (P=0,0526). A inclusão de DFS até 60% na dieta causou aumento linear na proporção molar de isobutirato e redução linear na concentração total de AGV (P=0,0122) e de amônia ruminal (P<0,0001). No experimento 2, 28 novilhos Nelore com fístula ruminal foram blocados pelo peso corporal inicial (480 &#177; 32 kg), e dentro dos blocos (n = 7), os animais foram aleatoriamente designados para receber dietas contendo 9,3% de bagaço de cana-de-açúcar com inclusão de 0, 20, 40 ou 60% de DFS. O período experimental foi o mesmo descrito no Exp. 1. A inclusão de DFS até 60% na dieta causou redução linear na digestibilidade da MS (P=0,0027), da MO (P=0,0031), da PB (P=0,0459) e de CHOT (0,0024). Houve interação entre tratamento e horário de amostragem para as proporções molares de acetato na hora 21 (P=0,0022), propionato (P=0,0144) e butirato nas horas 15, 18 e 21 (P=0,0099), valerato na hora 21 (P=0,0137) e amônia ruminal nas horas 0 e 9 (P=0,0004). A inclusão de até 60% de DFS na dieta causou redução linear na proporção molar de isobutirato (P=0,0524) e de isovalerato (P=0,0288) e causou aumento linear do pH ruminal (P=0.0491). No experimento 3, 368 machos não castrados da raça Nelore foram distribuídos pelo peso inicial (369.65 &#177; 34.92 kg), alocados em 56 baias experimentais em delineamento de blocos completos casualizados (n = 6 animais por baia em 40 baias, e 8 animais por baia nas demais 16 baias) em um arranjo fatorial 2 × 4 com 7 repetições, sendo o Fator 1 a inclusão de 5,3 ou 9,3% de bagaço de cana-de-açúcar e o Fator 2 a inclusão de 0, 20, 40 ou 60% de DFS na dieta em substituição parcial ao milho Flint e total ao farelo de soja. O período experimental teve duração de 112 dias. Não houve interação entre bagaço de cana-de-açúcar e nível de inclusão de DFS. A redução de 9,3 para 5,3% de bagaço na dieta reduziu o CMS (P=0,0006), sem alteração no GMD dos animais e com tendência de aumento na eficiência alimentar (P=0,0915) e no rendimento de carcaça (P=0,07). A inclusão de DFS, em até 60% da dieta resultou em aumento linear no peso corporal final (P=0,0052) e de carcaça quente (P=0,0329) e um aumento quadrático no GPD (P=0,0227), na eficiência alimentar (P=0,0462). Foi observada tendência de aumento quadrático na Elm observada (P=0,0888) e ELg observada (P=0,0889) das dietas com a inclusão de DFS até 60%. A eficiência de uso da energia foi otimizada com a inclusão de 20% de DFS na dieta.