Comparação de impactos ambientais do biodiesel produzido a partir do óleo residual de fritura via rotas etílica e metílica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Fernando Carlos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/106/106131/tde-24022021-145533/
Resumo: Este trabalho de doutorado teve como objetivos avaliar o desempenho ambiental do biodiesel de óleo residual de fritura por meio da análise comparativa de sua produção pelas tecnologias da transesterificação etílica, transesterificação metílica e hidroesterificação metílica. A Avaliação do Ciclo de Vida como metodologia criou as bases para que a comparação de tais rotas tecnológicas pudesse ser feita por dois métodos diferentes: o método que calcula os impactos ambientais oriundos de emissões que saem de um sistema (definido como Método CML), e o método que calcula a Demanda Cumulativa de Energia ao quantificar as demandas energéticas que entram no sistema e que resultam no indicador de retorno sobre a energia investida (definido como Método CED). Pela ótica do Método CML, as duas rotas metílicas quando comparadas com a etílica obtiveram melhores resultados em cinco de oito categorias de impacto avaliadas: Toxicidade Humana, Mudança Climática, Acidificação Terrestre, Eutrofização e Formação Fotoquímica de Oxidantes. Já a rota etílica obteve melhores resultados nas outras três categorias de impacto: Depleção da Camada de Ozônio, Ecotoxicidade Marinha e Depleção de Recursos Fósseis. O Método CML mostrou ainda que os maiores impactos ambientais da rota etílica decorreram principalmente dos processos produtivos do etanol e da cana-de-açúcar, bem como do uso da terra e de fertilizantes na fase de cultivo, especialmente a vinhaça. A hidroesterificação metílica quando comparada com a transesterificação metílica obteve melhores resultados também em cinco de oito categorias de impacto: Mudança Climática, Depleção da Camada de Ozônio, Ecotoxicidade Marinha, Formação Fotoquímica de Oxidantes e Depleção de Recursos Fósseis. Os principais motivos foram porque os processos de extração e produção de petróleo e gás natural, além da produção de diesel e seu consumo nas etapas de transporte, causaram maiores impactos à transesterificação metílica. Já pela ótica do Método CED, a rota etílica foi a que apresentou o melhor resultado entre as três avaliadas, uma vez que ela foi a que consumiu menos energia fóssil para produzir a mesma quantidade de energia renovável. Quando as duas rotas metílicas são comparadas entre si, o resultado da hidroesterificação foi melhor do que o da transesterificação. O Método CED também mostrou que os processos de produção e extração de petróleo, o diesel usado no transporte de matérias-primas e insumos, bem como os processos de produção e extração do gás natural (matéria-prima para a produção de metanol) foram os principais responsáveis pelo maior consumo energético das rotas metílicas em comparação com o da rota etílica.