Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ossa Acharán, José Tomás |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-06022020-161126/
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Resumo: |
Esta pesquisa teve por objetivo realizar três estudos de casos e analisar as mudanças nas participantes durante o processo psicoterápico de pacientes com transtornos de personalidade borderline ao longo de um ano de tratamento, baseado nas contribuições da clínica desenvolvida pelo modelo da psicopatologia fenomenológica de Ludwig Binswanger e Bruno Callieri, somando a operacionalização da fenomenologia da vida de Michel Henry no tratamento clínico psicoterápico. A escolha de pacientes com transtorno de personalidade borderline se deve às dificuldades relacionais que eles apresentam, implicando no alto índice de abandono do tratamento clínico, de comportamentos autoagressivos e de suicídio. Método: Foi utilizado o método qualitativo de pesquisa, através do estudo de caso de três pacientes diagnosticados com transtorno de personalidade borderline, sendo atendidos no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade da São Paulo (IPq-HCFMUSP). Instrumentos: Foi utilizado um diário clínico com as anotações da experiência intersubjetiva do pesquisador para avaliar o processo psicoterápico e as mudanças que ocorreram durante as sessões de psicoterapia. Também foi utilizada a Escala de Avaliação de Resultado (Outcome Questionnaire) - OQ 45.2 como complemento da avaliação das mudanças durante o tratamento psicoterápico; Procedimento: foi aplicado o Questionário OQ 45.2 e iniciou-se a psicoterapia, com encontros de uma hora, uma vez por semana, durante um ano, com cada participante. O questionário foi reaplicado após seis meses e, novamente, após um ano de psicoterapia. As anotações de cada sessão foram analisadas por meio do método fenomenológico de pesquisa em psicologia operacionalizado à clínica. Discussão: referente à hipótese levantada, de que a clínica desenvolvida pelo modelo da psicopatologia fenomenológico baseada em Binswanger e Callieri, somando a operacionalização da fenomenologia da vida de Michel Henry no tratamento clínico psicoterápico, poderia impactar positivamente pacientes com transtorno de personalidade borderline, consideramos que foi alcançada com sucesso. Chegamos a essa verificação positiva da nossa hipótese, devido a que todas as participantes obtiveram mudanças significativamente positivas em todas as categorias avaliadas ao longo de um ano de tratamento psicoterápico baseado nos conceitos de biografia interior, intuição fenomenológica, ser-um-com-o-outro, clínica da interpessoalidade, antropologia do encontro e a intersubjetividade mundana do corpo, junto com os conceitos de pathos, corpo encarnado e corpopropriação. Esta constatação se deve a avaliação dos dados obtidos através de duas fontes: primeiro, pelos resultados das pontuações da Escala de Avaliação de Resultado (Outcome Questionnaire) OQ.45.2; e, segundo, pela análise fenomenológico do processo psicoterápico feito em cada uma das participantes. Nosso terceiro objetivo geral foi o de descrever os fenômenos invariáveis que se apresentaram em todas as participantes, sendo constatado a existência de alguns destes fenômenos: 1 - dificuldades em se relacionar com os outros; 2 - intensidade afetiva; 3 - histórico de abusos por parte dos outros; e 4 - capacidade de transformação. Para finalizar, propomos, como orientação para futuras investigações a necessidade de mais pesquisas que promovam a conscientização e o reconhecimento sobre o impacto positivo do tratamento psicoterápico de orientação fenomenológica nos transtornos de personalidade borderline |