Glicosaminoglicanos e manganês influenciam o desempenho zootécnico e características de carcaça, carne e ossos em frangos de corte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Muñoz, Julian Andrés
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-07022023-161947/
Resumo: Objetivou-se estudar o efeito da suplementação dietética de sulfato de condroitina (SC) e manganês (Mn) sobre o desempenho, características de carcaça e qualidade da carne e ossos de frangos de corte, além de identificar as mudanças nos perfis metabólicos relacionados ao desenvolvimento muscular e incidência da miopatia white striping. Foram alojados 1152 pintos machos Cobb, distribuídos em DIC em esquema fatorial 4x3: quatro doses de SC (0,00; 0,06; 0,12 e 0,18% p/p:kg de SC/kg de ração) e três níveis de Mn (0, 40 e 80 mg/kg), totalizando 12 tratamentos com 8 repetições de 12 aves cada. Realizou-se a análise das características de desempenho, rendimentos de carcaça e cortes, assim como foram colhidas amostras de músculo pectoralis major para verificar a presença de miopatia white striping, analizar a qualidade fisicoquimica e morfometria. De igual forma, foram retirados os tibiotarsos para determinar a densidade, teor mineral, atributos morfométricos e número de condrócitos. Para a análise de metabolômica, oito amostras de peito dos frangos alimentados com a dieta de 0,12% de SC com 80 mg/kg de Mn foram usadas como tratamento contrastante para determinar as diferenças no perfil metabólico de oiro amostras do tratamento controle (0,00% de SC com 0 mg/kg de Mn) por meio de espectroscopia de NMR¹H. Observou-se que independente dos níveis de SC ou Mn, os músculos peitorais apresentaram miopatia white striping moderada. Os níveis de suplementação de SC e Mn não influenciaram no desempenho aos 47 dias de idade das aves, assim como não afetaram o rendimento de carcaça, as características morfométricas, as perdas por cocção, maciez, o ácido oleico, docosahexaenóico, teor ácidos graxos saturados, o colágeno e a composição centesimal do músculo peitoral das aves (P>0,05). De igual forma, os níveis dos tratamentos não influenciaram a composição mineral, densidade óssea, teor de fósforo, manganês, peso absoluto, perímetro da diáfise e o número de condrócitos na cartilagem dos tibiotarsos (P>0,10). Verificou-se aumento no desempenho das aves até os 28 dias, conforme aumentou o nivel se SC (P<0,05). Também o nível de 0,18% de SC aumentaram os rendimentos de peito, teor a*, b* e porcentagem de acidos graxos monoinsaturados. A inclusão de SC, principalmente o nível de 0,12% de SC na dieta de frangos de corte aumenta o teor de ácidos graxos polinsaturados e diminui a luminosidade dos peitos (L*). De igual forma, a suplementação de 0,12% de SC aumenta o índice Seedor, área óssea, pesos relativos e comprimentos, bem como a inclusão de 40 mg/kg Mn nas dietas de frangos de corte aumenta o teor de cálcio e área óssea (P<0,10). A metabolômica permitiu identificar as vias relacionadas com a β- alanina, adenosina trifosfato (ATP), taurina e alanina, como as rotas metabólicas diferencialmente expressas (VIP > 1; Raw P<0,1) entre os tratamentos. A suplementação de frangos com SC e Mn interage com o crescimento nas primeiras fases de vida das das aves, assim como influencia a composição de lipídeos e índice trombogênico, sem afetar a composição química e atributos morfometricos do músculo peitoral. Alem disso, na matriz óssea os aditivos podem mudar o teor de cálcio, resistência à quebra e atributos morfométricos. Por fim, o SC e Mn possivelmente contribuíram para a redução do estresse muscular, ativando metabólitos relacionados à proteção mitocondrial e reparo celular, diminuindo a degradação de proteínas musculares associadas à miopatia.