Caracterização dos protocolos de realimentação para menores de idade hospitalizados com anorexia nervosa: uma revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lopes, Helen Cristina Bittencourt
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-16022023-153937/
Resumo: INTRODUÇÃO: A anorexia nervosa (AN) na infância ou de início precoce foi reconhecida e descrita em alguns estudos de caso. O conhecimento do diagnóstico e tratamento da AN na infância tornou-se cada vez mais importante devido ao aumento das taxas de admissão em vários países. Dado o aumento da prevalência de AN em menores de idade, as particularidades da AN neste estágio de vida e os desafios da realimentação, o presente estudo teve por objetivo conhecer e caracterizar os diferentes protocolos de realimentação propostos, a fim de examinar sua eficácia e segurança durante a realimentação em menores de idade com AN e compará-los. MÉTODO: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, cuja busca foi realizada nos bancos de dados PubMed, Cochrane, SciELO, Lilacs e BVS, sem delimitação do período e utilizando os critérios de elegibilidade conforme PICOS. RESULTADOS: Dos 412 artigos encontrados apenas 20 atenderam aos critérios de elegibilidade estabelecidos e foram incluídos na revisão final. A maioria dos estudos foram observacionais ou retrospectivos e 80% publicados nos últimos 10 anos. O tamanho amostral, protocolos para realimentação e tempo de internação foram muito heterogêneos, limitando esta revisão a uma análise descritiva dos resultados. CONCLUSÕES: Os resultados dessa revisão sistemática confirmam a escassez de evidências empíricas sobre o protocolo de realimentação mais apropriado para restauração de peso em menores de idade com AN. As várias limitações metodológicas dos estudos incluídos e a heterogeneidade de desenhos dificultaram a inclusão de evidências de melhor qualidade, com falta de resultados consensuais e conclusivos. Neste contexto, as diretrizes clínicas, baseadas em recomendações de grupos de especialistas, têm sido de suma importância para a prática clínica. Entretanto, ensaios prospectivos são necessários para comparações diretas de protocolos padronizados para realimentação de menores de idade com AN