Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Artes, Gisele Ebling |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23139/tde-10062017-111123/
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Resumo: |
A proposta deste estudo foi avaliar alguns parâmetros clínicos (sensibilidade dental, IMC, condição periodontal, índice de erosão e a qualidade de vida) de pacientes com bulimia e anorexia nervosa purgativa, antes e depois da reabilitação oral. Também houve a pretensão de auxiliar esses pacientes, através da devolução da função e da estética, na motivação para o controle do transtorno alimentar, avaliada por meio da classificação da gravidade da doença. A casuística foi composta por 30 pacientes, com idade acima de 18 anos, ambos os gêneros, sendo que 20 receberam tratamento de reabilitação oral e foram classificados como grupo A1, e 10 (grupo A2) não continuaram o tratamento. Os pacientes, inicialmente, responderam à ficha de anamnese e a dois questionários, um para mensurar o impacto da saúde bucal na qualidade de vida (OHIP-14) e outro para avaliação apenas da qualidade de vida (WHOQOL-100). Foi avaliada presença de cáries, de erosão ácida, sensibilidade, condição periodontal e demais alterações da saúde bucal. Os pacientes do grupo A1 responderam novamente aos questionários após 30 dias do término do tratamento. Para análise dos dados foram utilizados os testes: t-Student, Wilcoxon, exato de Fisher e McNemar. As análises foram processadas no software estatístico IBM SPSS Statistics 20, e a significância estatística foi verificada para valores de p< 0,05 (5%). O transtorno alimentar que prevaleceu foi a bulimia nervosa (83,3%), o restante dos pacientes tinha o diagnóstico de anorexia nervosa purgativa. A média de idade dos pacientes foi de 30,67 anos, com média de idade de início do TA de 20,1 anos ±5,1 anos. A média do número de dentes cariados no grupo A2 foi bem maior do que o grupo A1, tendo pacientes com até 10 dentes cariados, mostrando que a condição de saúde bucal desses pacientes era pior. No grupo A1, antes do tratamento de reabilitação oral, 60 % dos pacientes necessitavam de raspagem e polimento, remoção de excesso de restaurações e orientação de higiene bucal, 35% apresentaram índice médio ou alto de erosão ácida, 80% relatavam sensibilidade e 95% praticavam a indução de vômitos após as refeições. Após o tratamento de reabilitação oral, apenas 50% dos pacientes relatou sensibilidade e 35% parou de vomitar, sendo que a classificação de gravidade da doença melhorou para esse grupo. Já no grupo A2, considera-se quanto à classificação da doença, 30% leve, 10% grave e 50% extrema. Através dos dois instrumentos o grupo A1 apresentou melhora na qualidade de vida após o tratamento de reabilitação oral, com diferenças significantes quando comparado ao grupo A2 através do WHOQOL-100 nos domínios 1 (p=0,009), 2 (p=0,013), e 3 (p=0,02). O tratamento de reabilitação oral influenciou na melhora da sensibilidade dental, na diminuição da frequência de vômitos autoinduzidos e na melhora da qualidade de vida de pacientes com Anorexia nervosa purgativa e Bulimia nervosa. |