Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Prado, Raul Cosme Ramos do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100139/tde-31012020-215207/
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Resumo: |
Introdução: A intensidade do exercício promove alterações nas respostas psicofisiológicas, incluindo a valência afetiva e percepção subjetiva de esforço. Por outro lado, o ciclo menstrual (CM) é um evento biológico que também é capaz de impactar nessas respostas. Adicionalmente, é demonstrado que o CM é capaz de alterar ativações de regiões corticais responsáveis em predizer respostas psicofisiológicas ao exercício. No entanto ambos os fatores ainda não foram investigados juntos e de maneira sistematizada. Objetivos: Sendo assim, os objetivos principais da presente pesquisa foram verificar se predição de respostas psicofisiológicas pelo CPF pode alterar entre as diferentes fases do CM, além disso, comparar as respostas psicológicas de mulheres entre as fases do CM, por fim, investigar o efeito das respostas psicofisiológicas em diferentes fases do CM antes, durante e depois da realização de exercícios aeróbios em diferentes intensidades. Métodos: As participantes da presente pesquisa eram mulheres saudáveis, fisicamente ativas, com CM regular sem quadros de síndrome pré-menstrual ou uso de contraceptivos orais. Dentre as participantes, 15 mulheres completaram 3 das 5 sessões estipuladas, o que possibilitou comparações das respostas psicológicas entre as fases do CM. No entanto, dessas, 14 mulheres (idade 24,27 ± 4,35 anos; massa corporal 62,76 ± 10,86 kg; estatura 1,62 ± 0,60 cm VO2pico 35,58 ± 6,51 ml.kg-1.min-1.) completaram todas as sessões, sendo elas um teste incremental máximo, sessão na fase folicular em intensidade pesada (FFP); sessão na fase folicular em intensidade severa (FFS); sessão na fase lútea em intensidade pesada (FLP); sessão na fase lútea em intensidade severa (FLS). A assimetria em repouso do córtex pré-frontal foi utilizada como fator preditor de valência afetiva. Para comparar as respostas psicológicas entre as fases do CM foi realizado um teste t de Student. Um modelo misto foi utilizado para comparar as respostas fisiológicas e psicofisiológicas antes, durante e após os testes, adicionalmente, uma análise interpretativa pelo modelo multidimensional foi utilizado para verificação do estado afetivo antes, durante e após o teste. Resultados: A assimetria em repouso do CPF foi capaz de predizer a valência afetiva apenas nos momentos pré-teste em ambas as sessões da fase folicular e pós-teste na sessão FFP. Sem diferença significante entre as variáveis fisiológicas (p> 0,05), as participantes se sentiram mais motivadas e com mais afeto positivo antes dos testes da fase folicular, seguido por maior percepção de esforço e menor afeto nas sessões da fase lútea quando comparado com a mesma intensidade das sessões da fase folicular, sendo que em geral, a sessão FLS foi a que as participantes sentiram mais esforço e menor afeto e a sessão da FFP as participantes sentiram menos esforço e mais afeto. Contudo, quando analisado individualmente foi possível verificar que algumas participantes durante a intensidade pesada (21,42%) e durante a intensidade severa (28,57%) apresentaram maiores valores de valência afetiva durante a FL. Por fim, foi verificado que durante a sessão FLS as participantes experimentaram a sensação de tensão por mais tempo. Conclusão: Inicialmente, concluímos que a predição da valência afetiva através da assimetria do CPF em repouso pode predizer apenas momentos antes do teste nas sessões da fase folicular e após o teste na sessão FFP. Durante a fase lútea do CM as participantes sentiram mais dor e afeto negativo, além disso, nessa fase elas apresentaram menos afeto e motivação antes dos testes, durante o teste todas as sessões foram diferentes na percepção de esforço e valência afetiva (p< 0,05), sendo que na fase lútea as participantes sentiram maior percepção de esforço e menor afeto durante os testes quando comparado com a mesma intensidade da fase folicular, destacando que a sessão FLS foi caracterizada com a que apresentou maiores valores de percepção de esforço, menor afeto e mais tempo em um estado de tensão |