Absenteísmo da equipe de enfermagem de um hospital público e terciário: fatores associados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Grejo, Juliana Rigotto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-18022022-122458/
Resumo: Objetivo: identificar a taxa de absenteísmo da equipe de enfermagem, sua etiologia e os fatores associados, em profissionais de enfermagem atuantes em um hospital público e terciário. Método: estudo descritivo, analítico, retrospectivo, de delineamento quantitativo, desenvolvido em um hospital público e terciário, especializado no tratamento de pacientes com anomalias craniofaciais e síndromes relacionadas. A amostra foi composta de profissionais da equipe de enfermagem, ou seja, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, totalizando 95 participantes, sendo 21 enfermeiros, 72 técnicos e 2 auxiliares de enfermagem. Para a coleta de dados foi utilizado o banco de dados do Departamento de Recursos Humanos da Instituição. Utilizou-se todos os registros de absenteísmo referentes ao ano de 2019. Foram consideradas variáveis dependentes as ausências não previstas. Já as características sociodemográficas e ocupacionais constituíram as variáveis independentes. Na análise estatística, para verificar a associação entre o absenteísmo e as variáveis: idade e tempo de atuação, utilizou-se a Correlação de Spearman; categoria profissional e setor de atuação, a Análise de Variância de Kruskal-Wallis; e para o vínculo empregatício e o turno de trabalho, o Teste de Mann-Whitney. Para todos, considerou-se o nível de significância estatística de 5% (p0,05). Resultados: participaram 95 profissionais, sendo 21 enfermeiros, 72 técnicos e 2 auxiliares de enfermagem, cuja média de idade foi de 48,7 anos (Dp=9,9). Dentre eles prevaleceram os técnicos de enfermagem (n=72; 75,8%), atuantes na Unidade de Internação (n=36; 37,9%), por mais de 10 anos (n=61; 64,2%), com vínculo empregatício único (n=68; 71,6%) e atuantes no período diurno (n=72; 75,8%). O percentual médio de absenteísmo da equipe de enfermagem foi de 10,56%, motivado principalmente por licença médica seguido da concessão de abonos, tanto entre enfermeiros quanto entre técnicos/auxiliares de enfermagem (44,85% e 36,69%; 39,91% e 33,03% respectivamente). Evidenciou-se ainda, que foi maior entre os técnicos/auxiliares de enfermagem (7,56%) em comparação aos enfermeiros (3,00%),sendo significativamente maior entre os profissionais atuantes no período diurno (p=0,004). Conclusão: a taxa de absenteísmo geral da equipe de enfermagem foi alta e superior a estipulada pela legislação vigente, motivada principalmente por licenças para tratamento de saúde, sendo maior entre técnicos/auxiliares de enfermagem em comparação aos enfermeiros, além de estar associada a atuação no período de trabalho diurno.