Serviços ecossistêmicos e suas vulnerabilidades às mudanças climáticas: desafios e oportunidades para a gestão ecossistêmica de praias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Corrêa, Marina Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/106/106132/tde-26072021-193124/
Resumo: As mudanças ambientais globais, como as Mudanças Climáticas (MC), e seus efeitos sobre os complexos ecossistemas costeiros e oceânicos, têm levado ao desenvolvimento de novas estratégias de gestão, como a Gestão Baseada em Ecossistemas (GBE): uma abordagem sistêmica, adaptativa e com perspectiva de longo prazo. Uma das estratégias de implementação da GBE é diagnosticar vulnerabilidades socioecológicas e responder a elas com antecedência, podendo, assim, ser operacionalizada a partir da manutenção da provisão de longo-prazo de Serviços Ecossistêmicos (SE). Na América Latina e Caribe (AL&C) a implementação de novos modelos de gestão, como a GBE, é especialmente requerida para garantir a sustentabilidade das praias. Entretanto, para que se transforme uma gestão no sentido da abordagem ecossistêmica deve-se entender quais fatores existentes podem ser catalisadores ou barreiras dessa mudança. Nesse sentido, também se faz necessário investigar o contexto aplicado da gestão em nível local, reforçando o papel que os atores governamentais locais podem ter nessa transformação da gestão de praias. Porém a AL&C e o ecossistema praial carecem de estudos empíricos e teóricos sobre a implementação da GBE. Assim, o objetivo da presente dissertação foi contribuir com a discussão sobre a implementação da GBE em praias, trazendo, principalmente, aportes para o contexto da AL&C e para sua implementação em nível local. No primeiro capítulo foi feita uma reflexão geral sobre as oportunidades da incorporação da GBE na gestão de praias e os desafios para sua implementação na AL&C. Os outros dois capítulos utilizaram um estudo de caso na AL&C para investigar como a percepção dos gestores governamentais locais sobre a vulnerabilidade dos SE pode influenciar na transformação da gestão de praias local no sentido da GBE. Por meio de técnicas como levantamento e revisão documental (de políticas públicas, normas legais e literatura científica), workshops com gestores governamentais locais, análise de redes sociais e análise do conteúdo, a dissertação ampliou o conhecimento sobre a implementação da GBE em ecossistemas praiais, fornecendo subsídios para seu manejo sustentável, principalmente na gestão local e na AL&C. Portanto, junto à uma reflexão sobre as oportunidades da incorporação da GBE na gestão de praias e as possíveis barreiras e catalisadores para sua implementação na AL&C, a análise da percepção dos gestores governamentais locais sobre a vulnerabilidade dos SE reforçou a importância desses atores para a implementação da GBE e não apenas trouxe quais esclarecimentos conceituais são necessários em termos da abordagem ecossistêmica em praias, como também foi uma oportunidade de cooperação entre pesquisadores e gestores na adaptação do atual sistema de governança.