Manejo da dor pós-operatória em pacientes submetidos à mastectomia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Felix, Márcia Marques dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-09012014-111409/
Resumo: O alívio da dor humana é preceito defendido há milênios e considerado importante missão dos profissionais da saúde. No entanto, milhões de pacientes todos os anos sofrem de dor aguda como resultado de um trauma, doença ou cirurgia. A dor aguda em pós-operatório, decorrente de lesões teciduais, pode gerar alterações fisiológicas que, se não forem resolvidas podem resultar em dor crônica, trazendo prejuízos à saúde e à qualidade de vida. A cirurgia de mastectomia, principal abordagem terapêutica para o tratamento primário do câncer de mama, é responsável por uma série de alterações vivenciadas pelos pacientes que a enfrentam, pois é um processo cirúrgico agressivo que pode levar à ocorrência de dor persistente no pós- operatório. O presente estudo consiste de uma revisão integrativa de literatura com o objetivo de analisar as evidências disponíveis na literatura sobre o manejo da dor pós-operatória em pacientes submetidos à mastectomia. A busca dos estudos primários foi realizada nas bases de dados LILACS, PubMed e CINAHL e compreendeu o período de julho de 2007 a julho de 2012. A amostra constituiu de 21 artigos científicos, que foram reunidos em quatro categorias temáticas: intervenções farmacológicas (5 artigos), intervenções não farmacológicas (4 artigos), técnicas anestésicas (11 artigos) e mensuração da dor (1 artigo). Os resultados evidenciaram que nos estudos com intervenções farmacológicas para o controle da dor pós- operatória, os fármacos utilizados como adjuvantes, associados aos analgésicos, AINEs, anestésicos e opioides, foram os anticonvulsivantes, os corticosteroides e os antidepressivos, que demonstraram ser adjuvantes seguros e eficazes para o manejo da dor após a mastectomia; algumas intervenções não farmacológicas, como medidas educacionais, musicoterapia e hipnose para analgesia pós-operatória foram investigadas com resultados positivos, mas esses achados necessitam de confirmação com estudos maiores e controlados para comprovar os benefícios dessas terapias sobre o manejo da dor em pacientes submetidos à mastectomia; apesar de mais pesquisas serem necessárias para avaliar o impacto do tratamento da dor pós-operatória sobre a síndrome da dor crônica pós-mastectomia, estudos demonstraram que o manejo adequado e eficaz da dor pós-operatória pode evitar o desenvolvimento dessas síndromes; as técnicas anestésicas foram a estratégia mais frequentemente utilizada para o manejo da dor pós-mastectomia e demonstraram ser eficazes na diminuição da dor aguda e na redução da necessidade de opioide intra e pós-operatório; há poucos estudos científicos que abordam a assistência de enfermagem no manejo da dor pós- mastectomia, evidenciando a necessidade de um número maior de publicações sobre o tema, por enfermeiros. Que estes resultados sirvam como estímulo para o desenvolvimento de novas pesquisas, no intuito de contribuir para o manejo eficaz e efetivo da dor pós-operatória em pacientes submetidos à mastectomia