Estudo aleatório e controlado para testar o efeito profilático da S(+)cetamina por via peridural na dor pós-operatória de pacientes pediátricos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Conceição, Mario José da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5152/tde-07042010-122526/
Resumo: INTRODUÇÃO: A cetamina por via regional ou sistêmica melhora a analgesia pós-operatória. A hipótese testada nesse estudo foi a de que o uso profilático da cetamina S(+) por via peridural é melhor que a cetamina S(+) administrada por via venosa durante toda a anestesia, para o controle da dor pós-operatória em crianças submetidas a operações ortopédicas. MÉTODOS: 60 pacientes pediátricos foram aleatoriamente distribuídos em dois grupos de 30 pacientes. Os pacientes do grupo I receberam por via peridural 1 ml.kg-1 de ropivacaína a 0,2%, acrescida de 0,5 mg.kg-1 de cetamina S(+). Os pacientes do grupo II receberam por via peridural a mesma dose de ropivacaína, e antes da incisão cirúrgica receberam por via venosa infusão contínua de cetamina S(+) na dose de 0,2 mg.kg-1.h-1, interrompida ao final da sutura da pele. A mesma técnica anestésica geral complementar foi utilizada para os dois grupos. A dor foi avaliada pela escala Oucher de faces. Também foi avaliado o tempo para a primeira dose do analgésico de resgate e o consumo de morfina nas primeiras 24 h. Os resultados receberam tratamento estatístico pelo teste t de Student, não pareado, para comparação entre os dados demográficos dos grupos, tempo de duração do ato cirúrgico e tempo para recuperação, o teste do Qui quadrado e o teste exato de Fisher para análise de dados não paramétricos, e o teste de análise de variância, para comparar os valores da pressão arterial e da frequência cardíaca. RESULTADOS: Não foram encontradas diferenças estatísticas quanto à intensidade da dor, o tempo para a primeira dose de analgésico de resgate e o consumo de morfina entre os grupos. O valor da frequência cardíaca foi estatisticamente maior no grupo II do que no grupo I. CONCLUSÕES: A intensidade da dor pós-operatória, o tempo para a primeira dose de analgésico de resgate e o consumo de morfina foi semelhante com o uso da cetamina S(+) por via peridural ou sistêmica. A incidência de efeitos adversos foi semelhante com o uso da cetamina por via peridural ou sistêmica, com exceção da frequência cardíaca que foi estatisticamente maior no grupo em que a cetamina S(+) foi empregada em infusão contínua por via venosa.