"Um enjeitado e um sargento de milícias: formação do indivíduo e do romance"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Azeka, Gabriela Hatsue Yuasa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-08062006-102156/
Resumo: Este trabalho busca investigar o processo de formação do romance enquanto gênero literário na Inglaterra do século XVIII, a partir do paradigma estabelecido por Henry Fielding (1707-1754) em TOM JONES (1749), bem como suas reverberações no processo de formação do romance brasileiro em meados do século XIX, através do exame de MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS(1854), de Manuel Antônio de Almeida (1831-1861). Propomos que TOM JONES incorpora em sua composição uma tensão entre as chamadas esferas da essência e da aparência, ou entre o âmbito interior, privado e individual frente àquele do exterior, público e inerente ao mundo das convenções sociais, o que remete não apenas ao momento de formação do gênero em questão, mas também às condições históricas do meio onde o romance é produzido a partir da configuração da noção de indivíduo burguês. Tal embate não se articula nas MEMÓRIAS com a mesma complexidade e desenvoltura: novamente isso traz à discussão não somente o momento de formação do romance em solo nacional, mas também a peculiaridade das condições históricas brasileiras, pouco propícias à configuração da noção de indivíduo à época da publicação do livro.