Efeitos do treinamento físico nas propriedades físicas de ossos de ratas ovariectomizadas submetidas à dieta hiperlipídica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Macedo, Ana Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-28072021-155736/
Resumo: A nutrição e o treinamento físico adequado têm papel importante no acúmulo e manutenção de massa óssea e têm se mostrado duas ferramentas importantes para a prevenção de fraturas em pessoas com osteoporose. A ingestão de lipídio acima do recomendado gera interferência na remodelação óssea, mas não há relatos sobre a ação da dieta hiperlipídica em osso após a menopausa. Com isso, o objetivo deste estudo foi avaliar, em ratas ovariectomizadas (OVX), os efeitos do treinamento físico associado à dieta hiperlipídica (DH) no peso, nos níveis de estresse oxidativo do fígado e nas propriedades ósseas. Foram utilizadas oitenta ratas Wistar, divididas em 8 grupos (n=10), tratadas por 12 semanas, que são: OVX, sedentárias e dieta padrão (DP); OVX, sedentárias e DH; OVX, treinadas e DP; OVX, treinadas e DH; SHAM, sedentário e DP; SHAM, sedentárias e DH; SHAM, treinadas e DP; SHAM, treinadas e DH. No momento da cirurgia e na eutanásia foi coletada amostra de sangue para análise do hormônio folículo-estimulante. Durante o experimento foi aferido o ganho de peso semanal. Após o procedimento experimental, foi avaliada a densidade mineral óssea (DMO) total e o porcentual de gordura, em seguida à eutanásia dos animais, o fígado foi coletado para análise dos níveis de estresse oxidativo pela dosagem de glutationa reduzida (GSH) e malondialdeído (MDA). As tíbias e fêmures foram dissecados, limpos das partes moles e analisados mecanicamente. Os dados foram analisados por teste estatístico em modelo linear generalizado (p<0,05) e teste complementar de Bonferroni. A ovariectomia foi comprovada pelo aumento significante (p<0,000) dos níveis de hormônio folículoestimulante nos animais OVX. Os animais dos grupos OVX (p=0,001) e treinado (p<0,000) apresentaram maior ganho de peso. Houve aumento de estresse oxidativo no fígado, com aumento nos níveis de MDA em animais treinados (p=0,021) e com DH (p=0,020), sem alteração nos níveis de GSH. Os animais do grupo OVX (p<0,000) e DH (p<0,000) tiveram aumento do percentual de gordura. Na densitometria de corpo total e quantificação de área de osso trabecular (OT) da tíbia, foi observado diferença entre as cirurgias (p<0,000) e treinados (DMO - p<0,000 e OT - p=0,002), com piores resultados para OVX e sedentários. A DMO da região medial da tíbia (p=0,019) e da proximal do fêmur (p=0,002) foi maior para treinados. A OVX diminuiu a DMO na proximal do fêmur (p<0,000). Na análise da espessura do osso cortical, a região medial apresentou maior espessura nos grupos OVXs com DH (p=0,014). No ensaio mecânico de alta velocidade, o ângulo de fratura foi maior para OVX (p<0,000) e DH (p=0,031) e o torque máximo para OVX (p=0,014). No ensaio de flexo-compressão do fêmur, o treinamento aumentou a força máxima (p=0,037) e OVX diminuiu a rigidez (p=0,000). Portanto, conclui-se que a diferença entre os tipos de cirurgias foi evidente, e que o treinamento físico foi eficaz para melhora da qualidade óssea, já a dieta, apesar de ter influenciado os níveis de estresse oxidativo e o acúmulo de gordura, não foi fator determinante na qualidade óssea entre os grupos.