Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Borges, Mariana Lopes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-04092015-161621/
|
Resumo: |
O Coping Religioso/Espiritual (CRE) vem sendo apontado como importante estratégia utilizada no enfrentamento de estímulos estressores, especialmente no contexto da saúde. Este estudo teve como objetivo avaliar o nível de CRE utilizado por mulheres submetidas ao tratamento do câncer de mama. Trata-se de uma pesquisa com delineamento quantitativo, descritivo e corte transversal. Participaram 94 mulheres submetidas aos tratamentos do câncer de mama, que frequentavam regularmente um núcleo de reabilitação. A coleta de dados ocorreu de outubro de 2013 a junho de 2014 e foram utilizados dois instrumentos: questionário com dados sociodemográficos, clínicos, religiosos/espirituais e estímulo estressor associado ao câncer de mama, e a Escala de Coping Religioso/Espiritual Breve (CRE-Breve). Os dados do questionário foram analisados descritivamente e utilizou-se o programa SPSS versão 16.0. Os itens da escala foram analisados segundo sugestão da autora que validou o construto no Brasil, utilizando os testes estatísticos apropriados. Foram respeitados os preceitos éticos da resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Os resultados mostraram que: todas as participantes utilizaram o CRE, sendo 76,6% em nível alto/altíssimo e 23,4% em nível médio; o CRE Positivo (mediana 3,44; média 3,41; desvio padrão 0,59) foi mais utilizado em relação ao CRE Negativo (mediana 1,13; média 1,27; desvio padrão 0,40) e Razão CREN/CREP (mediana 0,35; média 0,38; desvio padrão 0,14). Foram significantes: as comparações dos escores do CRE Total com as variáveis \"Quimioterapia\" (p=0,012), \"Participa de atividade religiosa/espiritual\" (p=0,001), \"Frequência com que participa de atividade religiosa/espiritual\" (p=0,002) e \"Grau de importância da religiosidade/espiritualidade no momento de vida\" (p=0,032); as comparações dos escores do CRE Positivo com as variáveis \"Quimioterapia\" (p=0,011), \"Participa de atividade religiosa/espiritual\" (p=0,004) e \"Frequência com que participa de atividade religiosa/espiritual\" (p=0,011); as comparações dos escores do CRE Negativo com as variáveis \"Participa de atividade religiosa/espiritual\" (p=0,019) e \"Frequência com que participa de atividade religiosa/espiritual\" (p=0,002). Apesar de não ter havido diferença significante do CRE com as demais variáveis investigadas, elas devem ser consideradas ao se avaliar a utilização de CRE frente a estímulos estressores, especialmente o câncer de mama; o CRE se mostrou como uma importante estratégia de enfrentamento em situações de estresse vividas por mulheres com câncer de mama e as auxiliou enfrentar a doença e as consequências dos tratamentos realizados. O fato de as mulheres participarem de um núcleo de reabilitação integral pode ter contribuído na utilização do CRE como estratégia de enfrentamento do câncer de mama. Evidencia-se a importância de os profissionais da saúde se apropriarem de conhecimentos, habilidades e atitudes que os auxiliem a inserir o cuidado espiritual no planejamento e implementação das ações de assistência à saúde, principalmente de mulheres com câncer de mama. Sugere-se ainda a criação de serviços em saúde que ofereçam o suporte religioso/espiritual aos seus pacientes e a adequação daqueles que já se encontram em funcionamento, uma vez que esta se mostra como uma estratégia importante diante de eventos estressores, inclusive àqueles relacionados aos problemas de saúde |