Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, Daniela Habekost |
Orientador(a): |
Muniz, Rosani Manfrin |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
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Departamento: |
Faculdade de Enfermagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8608
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Resumo: |
A resiliência é definida como a capacidade humana de superar situações adversas, como o câncer, sendo mediada pela relação entre fatores de risco e proteção. Assim, mulheres sobreviventes ao câncer de mama necessitam adaptarem-se a nova realidade, sendo resilientes, mesmo que em maior ou menor grau. Dessa forma, conhecer os fatores presentes nesse processo torna-se fundamental para a construção de planos de intervenção, a fim de minimizar riscos e fortalecer efeitos protetores da resiliência para essas mulheres. Frente ao exposto o objetivo desse estudo foi construir estratégias de promoção da resiliência com mulheres sobreviventes ao câncer de mama. Trata-se de um estudo qualitativo de abordagem convergente assistencial. Os sujeitos foram três mulheres sobreviventes ao câncer de mama com baixo grau de resiliência. A coleta de dados ocorreu no período de agosto a dezembro de 2013, no domicilio das participantes. Esta pesquisa desenvolveu-se em três momentos: no primeiro, realizou-se uma entrevista semiestruturada com questões relacionadas a construção do processo de resiliência; o segundo momento, depois de transcritas e analisadas as entrevistas, identificou-se os fatores de risco e proteção, e propôs-se as participantes um plano de intervenção com estratégias que beneficiasse seu processo de resiliência; no terceiro momento, estas estratégias foram implementadas junto as participantes. Neste contexto, os resultados identificam como fatores de proteção o apoio da família e a espiritualidade, assim como, características individuais como autoestima, autonomia e autoconfiança. No entanto, quanto aos fatores de risco esses apontam diferenças importantes. Para uma das participantes a falta de informação sobre o câncer, e dificuldade de autocuidado são os fatores que mais comprometem sua resiliência, assim buscou-se por meio de diálogos sobre o câncer e material didático esclarecer dúvidas, e estimular sua autoestima e autocuidado. Para outra participante o isolamento social e a inatividade decorrente da doença também dificultam sua superação, e o plano de intervenção vislumbrou incentivar atividade de lazer em sua rotina, como trabalhos manuais e atividade física, fortalecendo os fatores de proteção como autonomia e criatividade. Assim, por meio do plano de intervenção buscou-se minimizar os riscos e fortalecer as potencialidades, ou seja, os fatores de proteção de cada participante. Acredita-se que a resiliência pode ser promovida, favorecendo a superação de adversidades, como o câncer de mama, e consequentemente, melhorar a qualidade de vida. E neste pensar, estratégias de promoção de resiliência devem ser valorizadas e estimuladas por profissionais e serviços de saúde que atendem pessoas que enfrentam e buscam superar dificuldades. |