A queixa escolar e a formação do psicólogo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1996
Autor(a) principal: Souza, Marilene Proenca Rebello de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-12052017-150732/
Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar as concepções presentes e as ações que dão sustentação aos atendimentos à queixa escolar nos cursos de formação em Psicologia. A pesquisa se realizou em quatro cursos de Psicologia da Capital do Estado de São Paulo, centrando-se nas áreas de Psicologia Escolar e Psicologia Clínica. Os dados foram colhidos nos programas de curso, em entrevistas com vinte professores das duas áreas e do levantamento da queixa escolar em 268 prontuários das Clínicas-Escola. Foram constatadas diferentes concepções presentes em relação aos problemas escolares. Nos programas de curso, convivem posições teóricas divergentes a respeito dos problemas escolares, sem que sejam analisadas por seus professores como tais. Nas disciplinas de estágio, embora estejam presentes atendimentos à queixa escolar com abordagens institucionais, a ênfase ainda se dá no atendimento clínico, centrado na criança e em sua família. No discurso dos professores observa-se um movimento de transição de posições mais tradicionais de análise da queixa escolar, para questionamentos referentes: a) à qualidade da escola pública oferecida atualmente às crianças e adolescentes; b) à participação dos psicólogos na realização de laudos psicológicos para as escolas; c) aos encaminhamentos psicológicos para as Classes Especiais. Os prontuários, por sua vez, revelam uma concepção de queixa escolar mais conservadora, considerando como principal causa das dificuldades de escolarização problemas oriundos das próprias crianças (aspectos de personalidade, orgânicos e cognitivos) e/ou de relações familiares mal resolvidas.