Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Rocco, Débora Dias Ferraretto Moura |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-10082010-111028/
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Resumo: |
O papel do exercício físico na prevenção da doença macrovascular aterosclerótica é atribuído em parte à melhoria no metabolismo de lípides, com evidências para regressão e prevenção no desenvolvimento de aterosclerose. Neste estudo, avaliamos o efeito de 6 semanas de treinamento físico aeróbio (protocolo diário em esteira 15 m/min, 30 min, 5 vezes na semana) sobre o transporte reverso de colesterol (TRC) em camundongos C57BL/6 selvagens e transgênicos para CETP humana (CETP-tg). Estes últimos constituem modelo experimental de TRC que se assemelha aos humanos, pela presença da CETP. O TRC é um sistema antiaterogênico, por meio do qual o colesterol é removido de células periféricas e transportado ao fígado para eliminação na bile e excreção fecal. A metodologia utilizada consistiu na injeção intraperitoneal de macrófagos J774 enriquecidos em LDL-acetilada e 3H-colesterol em animais selvagens e CETP-tg sedentários e treinados, após as 6 semanas de estudo. O perfil lipídico não foi modificado após o treinamento físico, no entanto, apenas no grupo CETP-tg treinado houve aumento na concentração de HDL colesterol ao final do estudo. O treinamento físico aeróbio acelerou o TRC em camundongos selvagens, refletido pela maior recuperação de 3H-colesterol no plasma (após 24 h e 48 h da injeção intraperitoneal) e no fígado (após 48 h), em comparação aos animais selvagens sedentários. Este evento associou-se ao aumento de 60% na expressão dos receptores hepáticos SR-BI, em relação ao grupo sedentário. Nos animais CETP-tg, o treinamento físico aumentou o TRC, com maior recuperação de 3H-colesterol - advindo dos macrófagos - no plasma, fígado e também nas fezes (após 24 h e 48 h), em comparação aos animais transgênicos sedentários. Embora a expressão de SR-BI não tenha sido alterada pelo treinamento físico nos animais CETPtg, observou-se nestes animais aumento na expressão hepática do receptor B-E, contribuindo para a maior remoção de colesterol pelo fígado. Os achados apontam para importante papel do exercício físico aeróbio regular sobre o transporte reverso de colesterol de macrófagos, contribuindo para a prevenção contra a gênese e progressão da aterosclerose. |