Caracterização das lesões condrais e fatores predisponentes da articulação patelofemoral em pacientes com instabilidade patelofemoral, dor anterior no joelho e controles

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cavalheiro, Camila Maftoum
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-20102021-115524/
Resumo: INTRODUÇÃO: A presença de lesão condral no joelho é muito comum, especialmente na articulação patelofemoral. Diversos estudos correlacionam a presença de defeitos de cartilagem com instabilidade patelar, dor anterior ou fatores de risco isoladamente. Porém ainda falta literatura que compare os distúrbios patelofemorais e estime a incidência de lesão condral em cada uma delas. OBJETIVO: Identificar o padrão de lesão em cada um desses grupos e analisar a correlação de fatores de risco em ambas situações clínicas MÉTODOS: Foram avaliados 490 prontuários e imagens de pacientes provenientes do grupo do joelho do HCFMUSP e divididos em 3 grupos: instabilidade patelar, dor anterior e controle. Foi realizada coleta de dados clínicos (sexo, idade, mecanismo de trauma e lateralidade) e análise das imagens, sendo realizadas 4 medidas morfológicas (altura patelar, TPGT, inclinação patelar e ângulo do sulco troclear). Também foram caracterizadas as lesões condrais (tamanho, localização e profundidade) quando presentes. RESULTADOS: A lesão condral foi encontrada em 62,5% dos casos de instabilidade patelar com principal localização na faceta lateral e central da patela (40,3% em ambos). O grupo de dor anterior teve uma frequência de lesão condral em 39% dos casos, desses 90,7% encontrados na patela com localização similar ao grupo de instabilidade. Já o grupo controle apresentou defeitos articulares em 30% dos casos, com distribuição de localização mais difusa na articulação patelofemoral. O tamanho e profundidade das lesões foram maiores e mais graves no grupo de luxação patelar (92mm2 e predominância de grau III e IV pela classificação da ICRS) quando comparado aos demais (60mm2 e predominância de grau I e II pela classificação da ICRS). Idade mais avançada e pertencer ao grupo de instabilidade foram fatores individuais para ocorrência de defeitos articulares, assim como maior altura patela, inclinação patelar e ângulo de sulco troclear mais raso. Os demais fatores não foram significantes para presença ou não de lesão condral. CONCLUSÃO: Os principais fatores de risco relacionados a uma maior ocorrência de lesão condral foram idade mais avançada e, principalmente, apresentar luxação da patela. Uma maior altura patelar, maior inclinação patelar e ângulo do sulco troclear aumentado também foram fatores independentes de presença de lesão condral. Não houve correlação com gênero e distância TPGT