Estética Hip-Hop: Transgressão como estratégia de explicitação das diferenças

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Dantas, Elenildes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-26022019-161758/
Resumo: Esta pesquisa propõe uma revisão do conceito de estética, que, para além, de um conjunto de regras de categorização da arte, pode ser compreendida como expressão dotada de sensibilidade capaz de provocar reações ainda que momentâneas, voltadas para a experiência afetiva, emotiva e sensorial do espectador. Isso se deve, especialmente, porque o conceito de estética precisou se adaptar às novas formas de expressão como a fotografia, o cinema, as performances, instalações e, agora, a incorporação dos dispositivos eletrônicos não apenas na divulgação, como também na produção de sensibilidades. O mundo mediado pelos meios de comunicação eletrônicos e que se torna ainda mais presente na era digital vê o espírito de vanguarda e constante transformação, desloca-se das artes ditas primárias para a expressão tecnológica. No campo das artes, a grande novidade a partir do último quarto do século XX, foi a valorização da arte de rua, do retorno ao coletivo e ocupação do espaço público, especialmente com a arte da periferia, sintetizada na cultura hip-hop, que sempre se utilizou dos dispositivos eletrônicos de forma subversiva, tanto na produção como na divulgação de sua expressão cultural. Arte da periferia, que vem sendo reconhecida como uma das tendências criativas mais importantes deste início de século, como fenômeno orgânico, pulsante e visceral, além de uma forma autêntica de fazer política conectada com as experiências sociais de grandes massas urbanas segregadas, gera soluções originais, criativas, sustentáveis e autônomas. O hip-hop é uma arte de rua e para a rua, voltado para a ocupação do espaço público, para expressão do corpo, desde o flash mob à street dance, passando pelos graffitis e a pichações, o rap e o funk com seus \"pancadões\". Um fenômeno cultural surgido nas periferias dos grandes centros urbanos do mundo inteiro. Estética do improviso, da criatividade, da bricolagem, da mixagem, da colagem e reelaboração de elementos de outras artes, que utiliza a transgressão como estratégia de explicitação das diferenças.