AS MARCAS DA RUA: EXPERIÊNCIAS DECOLONIAIS DE CONSUMO NO HIP-HOP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: BARBOSA, MARCIO RICARDO DA SILVA lattes
Orientador(a): Cardoso Filho, Jorge Luiz Cunha Cardoso lattes
Banca de defesa: CARDOSO FILHO, JORGE LUIZ lattes, GUTMANN, JULIANA FREIRA lattes, SILVA CARRERA, FERNANDA ARIANE lattes, BARBOSA, HELEN CAMPOS lattes, CIDREIRA, RENATA PITOMBO lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas ( POSCOM) 
Departamento: Faculdade de Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36991
Resumo: Esta tese se propôs a investigar três marcas nativas da cultura hip-hop brasileira: Laboratório Fantasma, Chronic e Kace. A partir do uso do Circuito da Cultura de Paul du Gay e das epistemologias decoloniais, a pesquisa buscou compreender como as marcas de moda urbana criadas por artistas e amantes da cultura hip-hop se comportam no ponto de vista de suas representações, construção de identidade, produção, regulação e consumo. Do mesmo modo, procuramos identificar as experiências de caráter estético e político suscitadas por essas marcas diante dos fãs/consumidores. Para isso, realizamos um mapeamento das matérias publicadas em jornais, revistas e sites, entrevistas, vídeos institucionais, videoclipes de artistas vinculados às marcas estudadas, seus sites e perfis no Instagram e Facebook. Nessas plataformas, observamos as interações, comentários e engajamento dos seguidores. As materialidades expressivas dessas marcas também foram analisadas através das coleções, estampas e modelos das roupas. Todo esse material contribuiu para demonstrar as possibilidades e as potencialidades numa prática de produção e consumo sustentada em valores antirracistas e decoloniais. As performances dessas marcas demonstram o quanto as estratégias adotadas são reguladas por questões de natureza política, social, cultural e econômica. Além de investir em campanhas e projetos sociais, as três empresas questionam e criticam a todo momento o modo como o sistema-mundo colonial funciona e reivindicam a construção de uma sociedade baseada na solidariedade, no respeito à ancestralidade e aos corpos não normatizados pelas racionalidades europeias.