Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Moreira, Silvino Guimarães |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20220208-113351/
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Resumo: |
Realizou-se o presente trabalho com o objetivo de avaliar o efeito da calagem na correção da acidez do solo, na disponibilidade de nutrientes e na produção de soja em um Latossolo Vermelho Escuro, submetido a diferentes tempos de cultivo sob sistema de semeadura direta (TCSSD) (3, 6 e 9 anos), do município de Tibagi, PR. Os tratamentos constituíram-se de quatro doses de calcário (0%, 33,3%, 66,7% e 100% da quantidade calculada para elevar a V% a 70), aplicadas em superfície, e um tratamento adicional com a última dose, incorporada de 0 a 20 cm de profundidade. O efeito dos tratamentos foi avaliado em duas épocas (estágio vegetativo V4 e época do florescimento), ocasião em que se coletaram amostras de solo e folhas. O solo foi amostrado nas profundidades de 0-5, 5-10, 10-20 e 20-30 cm. Houve distribuição mais uniforme em profundidade de Ca, Mg, soma de bases e V% no local com maior TCSSD. Neste solo, os teores de Al foram baixos e não variaram com a profundidade, e os valores de pH foram pouco alterados. Em todos os TCSSD, os teores de B não variaram em profundidade. Em geral, os teores de Mn foram maiores nas camadas superficiais, e os de Cu, menores. A maior variação do Fe em profundidade ocorreu no solo com 6 anos de cultivo, sendo que, quase sempre a camada superficial apresentou o menor teor. No solo com menor TCSSD, a maior dose de corretivo aplicada na superfície resultou maiores teores de Ca e Mg e valores de soma de bases na camada de 0-5 cm, e o pH e a V% não variaram. A incorporação da dose integral elevou o pH, o teor de Ca e a soma de bases na camada de 10-20 cm; elevou o teor de Mg e a V% das camadas de 10-20 e 20-30 cm, e diminuiu o teor de Al da camada de 20-30 cm. No solo com 6 anos de cultivo, pH, Ca, Mg e soma de bases da camada superficial, comumente, aumentaram com a aplicação das maiores doses de corretivo na superfície. A incorporação do calcário, em geral, diminuiu o teor de AI e aumentou os de Ca e Mg, a soma de bases e a V% nas camadas inferiores do solo, sendo que nestas camadas, estes atributos não foram alterados pela aplicação superficial do corretivo. No solo com maior TCSSD, o efeito da calagem ocorreu apenas na camada superficial. O corretivo aplicado na superfície, comumente, resultou maiores teores de Ca e Mg e maiores valores de pH, soma de bases e V% do que a incorporação, mas esta não alterou os valores originais desses atributos. A incorporação do calcário diminuiu o teor de B no solo com maior TCSSD. As maiores doses aplicadas na superfície resultaram os menores teores de Cu no solo com menor TCSSD. No solo com 6 anos de cultivo, 2/3 da dose na superfície diminuíram o teor de Fe na camada superficial em grau maior que a dose integral incorporada, e na camada de 5-10 cm ocorreu efeito inverso. A camada superficial dos solos com maiores TCSSD apresentou menor teor de Mn devido à incorporação, e até 20 cm de profundidade, quaisquer uma das doses, aplicadas na superfície, reduziram os teores de Zn do solo com menor TCSSD. Os teores de micronutrientes no solo apresentaram-se dentro ou acima da faixa de teores considerados adequados, com exceção do B, que apresentou teores médios a baixos nos locais com 3 e 9 anos de cultivo. Os teores de N, P, K, S, B, Cu Fe e Zn nas folhas não variaram com a calagem. Na primeira amostragem, os teores de Mn dos locais com maior TCSSD diminuíram com a incorporação, e no solo com menor TCSSD, com a maior dose na superfície. Apenas os teores de P (primeira amostragem) e de S e dos micronutrientes Cu e B (solos com 3 e 9 anos de cultivo) apresentaram-se abaixo dos níveis considerados adequados para a soja, e em nenhuma das amostragens houve deficiência visual de nutrientes nas folhas de soja. A produção de grãos somente foi influenciada pelos TCSSD. O local com 6 anos de cultivação apresentou a maior produção de grãos em relação aos demais. |