Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Karla Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17134/tde-05112021-111547/
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Resumo: |
A hipóxia sustentada (HM) em ratos induz excitação simpática e hipertensão devido às alterações no acoplamento simpático-respiratório. No entanto, não há dados consistentes sobre o efeito da HM em camundongos devido aos diferentes protocolos de hipóxia e às dificuldades associadas ao manuseio desses roedores em diferentes condições experimentais. Além disso, registros na preparação in situ de nervos autonômicos e respiratórios em camundongos HM ainda não foram realizados. Nesse contexto, no presente estudo nós avaliamos os padrões cardiovasculares e respiratórios de camundongos submetidos ao protocolo de HM, bem como as respostas cardiovasculares desses roedores à ativação do quimiorreflexo. Camundongos C57BL/6J (7 - 8 semanas, ~ 22g) foram submetidos ao protocolo controle (normóxia) ou HM (24h, FiO2 0,1 - 10%). Ao final do protocolo de HM ou controle, os camundongos foram profundamente anestesiados com isoflurano, seccionados subdiafragmaticamente, exsanguinados, eviscerados e descerebrados pré-coliculamente. Os camundongos foram então colocados em uma câmara de registro para a preparação coração tronco encefálico isolados (WHBP) e a aorta descendente foi cateterizada e perfundida com aCSF. Esse cateter também foi usado para registrar a pressão de perfusão. Além disso, os nervos frênico (PN), abdominal, (AbN), vago cervical (cVN) e simpático torácico (tSN) foram dissecados e suas atividades foram registradas usando um eletrodo de vidro bipolar. Os resultados mostraram que a frequência basal de disparo do NF (DNF) foi significativamente reduzida em camundongos HM (n=11) em relação aos camundongos do grupo controle [n=26 (0,69 ± 0,06 vs 1,13 ± 0,10 Hz, P=0,0154)]. A incidência de expirações ativas (Late-E) na atividade AbN em camundongos HM (n=10) foi significativamente aumentada em relação ao grupo controle [n=20, (83,3 ± 7,7 vs 24,3 ± 8,0%, P<0,0001)]. A duração da expiração em camundongos HM (n=11) foi maior do que no grupo controle [n=22, (1,13 ± 0,16 vs 0,67 ± 0,07s, P=0,0002)] devido a um aumento na duração da pós-inspiração (0,78 ± 0,12 vs 0,35 ± 0,04s, P=0,0032) e pré-inspiração (0,26 ± 0,12 vs 0,08 ± 0,02s, P=0,0432). A atividade do tSN no grupo HM (n=10) foi significativamente reduzida durante a expiração final (E2) em comparação com o grupo controle (n=16) (19,0 ± 4,3 vs 39,7 ± 4,2%, P=0,0203). Os nossos resultados indicam que no protocolo de HM de 24h, os camundongos apresentam expiração ativa e fase expiratória mais longa na WHBP. Além disso, mudanças no padrão respiratório foram associadas a um aumento do tônus parassimpático e redução da atividade simpática na fase E2 do ciclo respiratório. Esse desequilíbrio autonômico favorece o componente parassimpático o que pode explicar por que camundongos não desenvolvem hipertensão em resposta à HM. |