Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Souza, Juliana Reis |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17134/tde-10042023-114450/
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Resumo: |
A hipóxia é caracterizada pela redução da pressão parcial de oxigênio no sangue arterial (PaO2). Sob essa condição os quimiorreceptores periféricos localizados principalmente no corpúsculo carotídeo são estimulados e desencadeiam respostas autonômicas e respiratórias com o objetivo de restaurar os níveis de oxigênio no sangue arterial. Localizado na superfície dorsal do tronco encefálico, o Núcleo do Trato Solitário (NTS) é um centro integrador de diversos sistemas sensoriais, incluindo o processamento sináptico das aferências do quimiorreflexo. Estudos anteriores do nosso laboratório mostraram que a exposição à hipóxia mantida (HM - 24h, FiO2 0,1) promove aumento na transmissão glutamatérgica nos neurônios do NTS de ratos devido a uma redução na modulação astrocítica inibitória sobre as correntes glutamatérgicas. A adenosina é um importante neuromodulador da transmissão sináptica e situações de hipóxia e isquemia aumentam a sua concentração no meio extracelular. Estudos anteriores apontam que os receptores do subtipo A2A representam um importante mecanismo pelo qual a adenosina modula as redes neurais presentes no NTS. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar se a adenosina liberada no NTS e atuando nos seus receptores do subtipo A2A influencia as alterações no processamento sináptico no NTS de camundongos submetidos à HM. Para isso utilizamos um modelo de camundongo knockout para os receptores do subtipo A2A da adenosina. Como seu controle wild-type (WT) foi utilizado o camundongo da linhagem Balb/c. Em uma primeira etapa realizamos uma completa caracterização das funções cardiovasculares e respiratórias de camundongos knockouts para os receptores da adenosina do subtipo A2A não-anestesiados e com livre movimentação submetidos previamente aos protocolos de HM ou mantidos em normóxia. Os resultados obtidos com a caracterização in vivo das funções cardiovasculares e respiratórias mostrou que os camundongos A2A knockouts apresentam respostas cardiovasculares à HM e à ativação dos quimiorreceptores periféricos semelhantes ao seu controle WT. Em condições de normóxia, os camundongos A2A knockouts apresentam frequência respiratória basal significativamente maior em comparação com seu controle WT, sugerindo que os receptores A2A da adenosina são relevantes na geração e/ou modulação da atividade respiratória basal em camundongos. Os resultados obtidos com os registros eletrofisiológicos de neurônios do NTS mostraram que a exposição à HM facilita a transmissão glutamatérgica no NTS de camundongos WT Balb/c, o que não é observado nos camundongos A2A knockouts, sugerindo que os receptores A2A da adenosina possuem importante papel no aumento da transmissão glutamatérgica que ocorre após exposição à HM. |