Relações raciais e branquitude na cooperação humanitária internacional em saúde.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: King, Ananda Melo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6140/tde-14102024-094423/
Resumo: O debate sobre questões raciais na cooperação humanitária internacional em saúde vem sendo aprofundado especialmente desde 2020, embora sem necessariamente incluir uma perspectiva sobre a branquitude. Esta pesquisa tem como objetivo entender as relações raciais entre profissionais de diferentes perfis na organização Médicos Sem Fronteiras que atuam em projetos médico-humanitários em diversos países. Esses profissionais são categorizados em dois grupos principais: os profissionais móveis internacionais e os profissionais recrutados localmente. A pesquisa concentrou-se nas interações entre esses grupos no continente africano, com foco particular nas relações entre profissionais brancos e negros. Procurou-se compreender essas relações à luz dos conceitos de raça, racismo e branquitude, bem como considerar a persistência de uma perspectiva colonial na área de atuação. A metodologia incluiu observações feitas entre 2010 e 2024 em diversos países, análise de materiais e documentos da organização e entrevistas em profundidade. Conclui-se que o racismo está presente nas dinâmicas do humanitarismo em saúde e que a branquitude desempenha um papel central nesses processos, influenciando tanto aspectos institucionais quanto individuais e contribuindo para as hierarquias de poder organizacional.