O contexto do não texto: campos relacionais de pais e escola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Giorgion, Mariana de Campos Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-23042012-152311/
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo identificar algumas das regras constitutivas do campo relacional que se delineia a partir das relações entre as famílias e a escola. Promovemos a escuta de pais de três crianças enfrentando dificuldades de letramento e analisamos falas da coordenação da escola, bem como o relatório de pesquisa do Grupo de Oralidade e Escrita, que investiga a influência dos jogos orais no desenvolvimento da escrita. A metodologia de trabalho proposta foi uma pesquisa qualitativa exploratória, utilizando a Teoria dos Campos de Fábio Herrmann como ferramental teórico-metodológico para a escuta e análise do material de pesquisa. A escuta transversal dos diversos discursos inseridos na comunidade escolar apontou para a percepção de temas recorrentes que dizem da constituição desse campo específico: ausência/distância, renitência e resistência se configuram como regras de complementariedade às relações escolares, com suas consequências premeditadas e oposições bem definidas. As análises apontam para um impasse: a intervenção nas dificuldades singulares gera movimento e promove alfabetização, entretanto a dinâmica institucional se fixa numa lógica moralizante, em que a indisciplina e a distância dos pais são as chaves principais para a compreensão das dificuldades de aprendizagem. Tal conclusão nos sugere a necessidade de construção de um modelo específico de intervenção, e de um viés específico de atuação do profissional psicanalista dentro da escola, calcada na elucidação dessa dinâmica emocional que moldura e determina as relações.