Pesquisa da mutação C9ORF72 e de suas características clínicas nos pacientes portadores de esclerose lateral amiotrófica, demência frontotemporal e parkinsonismo atípico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Daniel Sabino de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17161/tde-30032017-135422/
Resumo: A descoberta de que a expansão da repetição do hexanucleotídeo GGGGCC no gene C9ORF72 é uma das principais causas da Demência Frontotemporal (DFT) e da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) foi um importante avanço para o entendimento dessas doenças. Essa mutação é responsável por grande parte dos casos hereditários e esporádicos. O indivíduo acometido pode se manifestar clinicamente como ELA, DFT e como a combinação fenotípica ELA-DFT. No entanto, vários outros fenótipos clínicos já foram descritos, como o de doenças que cursam com parkinsonismo atípico, ou mesmo formas que se assemelham à Doença de Parkinson e à Doença de Alzheimer. O objetivo do trabalho foi fazer uma revisão dos fenótipos associados à mutação do gene C9ORF72 descritos na literatura e descrever os casos associados à mutação identificados nos ambulatórios do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCRP). A revisão foi feita a partir de artigos publicados entre 2011 e 2014, buscados na base de dados eletrônica PubMed. Foram selecionados 99 artigos em inglês, em que a mutação do gene C9ORF72 foi objetivo de estudo e, a partir destes, foram selecionados 44 artigos que apresentavam uma descrição individualizada dos fenótipos de um total de 219 pacientes. Nessa revisão, foram identificados 31 fenótipos. No HCRP, os pacientes com sintomas sugestivos eram encaminhados para coleta de sangue após consentimento informado. A extração do DNA a partir do material fornecido pelos pacientes foi realizada no Centro de Medicina Genômica do HCRP de forma automatizada e a amplificação dos fragmentos de interesse foi obtida pela reação de cadeia em polimerase (PCR) e pelo método qualitativo Repeat-Primed PCR (RPPCR). Foram identificados 17 pacientes com a mutação e as manifestações clínicas desses pacientes foram descritas. Foram identificados 6 fenótipos, dentre eles ELA, ELA-DFT, variante comportamental da DFT, Afasia Progressiva associada à ELA, Esquizofrenia e Esclerose Lateral Primária. Conclui-se que a variabilidade da apresentação clínica incial dos indivíduos com a mutação é extensa. Ainda não se sabe o que faz com que a mutação se manifeste de uma forma ou de outra. Saber o real tamanho da expansão do gene que causa essas doenças e ter um maior conhecimento sobre a penetrância do gene são fundamentais para aconselhamento genético das famílias acometidas.