Teoria Interpessoal de enfermagem para manejamento de ansiedade em pessoas com transtornos de uso de substâncias (ITASUD)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pereira, Caroline Figueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-22022021-152015/
Resumo: Introdução: Há evidências de que a comorbidade ansiedade e abuso de substâncias tem demonstrado ter uma forte associação. Altos níveis de ansiedade são críticos para o aumento do risco de abuso de substância, recaída e abandono do tratamento. Enquanto é amplamente aceito que a ansiedade é um dos principais fatores que ajudam na continuação do tratamento. Não há protocolo, e estudos de exequibilidade agindo na ansiedade de usuários de cocaína. Objetivo: 1) Descrever a extensão e aplicação da Teoria Interpessoal em Enfermagem da Peplau no design de uma intervenção para o manejamento da ansiedade em usuários de álcool e outras drogas; 2) Verificar a exequibilidade da intervenção de manejamento de ansiedade em usuários de cocaína. Método: A pesquisa foi baseada em dois momentos. O primeiro foi o desenvolvimento da intervenção (objetivo 1) e o segundo foi a verificação da exequibilidade da intervenção (objetivo 2). No primeiro momento da pesquisa nós utilizamos dois métodos, o modelo da Fawcett e o mapeamento da intervenção para desenvolver a intervenção; e o segundo momento nós avaliamos a exequibilidade da intervenção, por meio da demanda, aceitabilidade, implementação, praticabilidade, adaptação e segurança da intervenção. Resultados: A intervenção focou nos desfechos comportamentais (manejamento de cocaína; melhora do sono, alimentação e atividade física) e ambientais (manejamento da isolação social e reinserção social) que contribui no aumento da ansiedade, baseada nos determinantes da ansiedade (conhecimento, gatilhos, comportamentos de alívio, auto-eficácia e relações). Evidências preliminares suportam a exequibilidade da intervenção com algumas mudanças. O número de participantes que completaram a intervenção foi baixo (5.88%), porém mais que a metade (64.10%) foram até a segunda consulta. A mensuração da ansiedade foi aceita e aparentemente sensível a mudança, pois diminuiu 38 pontos em média após a intervenção. Conclusão: A combinação da abordagem da Fawcett e do mapeamento da intervenção providenciou clareza sobre o processo usado na pesquisa, facilitando a criação e avaliação da teoria. Pois providenciou uma descrição detalhada sobre o processo de construção do modelo teórico da intervenção, por meio da transparência dos determinantes, métodos, e aplicações utilizados com ampla visão de todos os fatores que afetam o problema, facilitando a replicação da intervenção. Além disso, os resultados do estudo de exequibilidade sugerem que o relacionamento interpessoal enfermeiro-cliente tem potencial como uma intervenção barata e exequível. No entanto, um grande ensaio clínico, seguindo as mudanças apontadas no protocolo implementado, é necessário para testar a efetividade da ITASUD.