Controle de Campylobacter sp.em frangos de corte pelo uso de probióticos e simbióticos como alternativa aos antibióticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Gabriela Viana da lattes
Orientador(a): Luchese, Rosa Helena lattes
Banca de defesa: Lima, Marcos Fábio de, Silva, Janine Passos Lima da, Calixto, Ligia Fátima, Martins, José Francisco
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Instituto de Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9248
Resumo: Bactérias do gênero Campylobacter são reconhecidas como causa comum de gastroenterite em humanos em todo o mundo, ultrapassando a salmonelose. Os produtos de origem animal, especialmente os avícolas, são considerados o principal veículo de campylobacteriose em humanos. Com a proibição do uso de antibióticos como melhoradores de crescimento na alimentação animal em diversos países devido a possível indução de resistência bacteriana, e a pressão dos consumidores por produtos de qualidade tem-se buscado alternativas para sua substituição. Como alternativa ao uso de antibióticos a utilização de probióticos, prebióticos e simbióticos tem sido bastante enfatizada na alimentação animal. Esta pesquisa objetivou avaliar o efeito dos probióticos, simbióticos e antibióticos no controle da colonização de Campylobacter spp. e nos índices de desempenho (ganho de peso, conversão alimentar e consumo de ração, além do rendimento de carcaça e de cortes) em frangos de corte. Foram utilizados 720 pintos fêmeas de um dia de idade da linhagem Cobb, criados numa densidade populacional de 10 aves/m2 por 42 dias de idade, em um delineamento inteiramente casualizado, composto por 4 tratamentos: controle (sem aditivos), antibiótico, probiótico e simbiótico e 6 repetições. Ao final dos 42 dias de vida foram coletados swabs cloacais para detecção e identificação de Campylobacter spp. utilizando métodos convencionais de cultivo e Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Não houve influência significativa dos tratamentos para nenhum dos parâmetros avaliados aos 7 dias de idade das aves. Aos 21 dias de idade o consumo de ração foi significativamente menor no grupo controle. Aos 42 dias houve diferença estatística nos parâmetros peso corporal e ganho de peso, tendo os grupos tratados com simbiótico e probiótico os menores valores respectivamente. O rendimento da carcaça, dos cortes e das vísceras não foi afetado pelos tratamentos. A colonização por Campylobacter spp. não foi afetada por nenhum dos tratamentos. Foram identificadas apenas duas espécies, com predominância de C. coli (60%) contra 40% de C. jejuni. Houve correlação de 100% entre as espécies identificadas pela metodologia convencional de cultivo e pela análise direta no PCR. Nas condições do experimento a utilização de probióticos e simbióticos resultou no controle da colonização de Campylobacter spp. comparáveis aos antibióticos. Adicionalmente o desempenho zootécnico também não foi prejudicado pela utilização dos aditivos